As tubas uterinas desempenham um papel muito importante no sistema reprodutor feminino. Localizadas entre os ovários e o útero, a sua função é captar o óvulo liberado a cada ciclo menstrual pelos ovários e transportar o embrião formado para o útero. É nas tubas uterinas que ocorre a fecundação.
Para engravidar, seja na gestação natural, seja por meio de técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade, em que a fecundação acontece naturalmente, como a relação sexual ou inseminação artificial (IA), deve haver passagem pelo menos em uma das tubas.
Muitos distúrbios tubários estão relacionados à infertilidade feminina, incluindo anomalias congênitas, doenças inflamatórias agudas e crônicas, endometriose e outras doenças que resultam em obstrução parcial ou total das tubas uterinas.
A histerossalpingografia (HSG) pode ajudar a investigar as causas dessa obstrução, pois possibilita analisar a permeabilidade das tubas uterinas da paciente.
Este texto explica detalhadamente como a histerossalpingografia é feita. Continue lendo e saiba mais sobre esse assunto!
A histerossalpingografia (HSG) é um exame de raio-X por fluoroscopia, técnica que permite a visualização dos órgãos em movimento em vez de imagens estáticas. Seu objetivo é explorar a cavidade uterina em busca de anormalidades, identificando com bastante precisão alterações no útero ou nas tubas uterinas.
Normalmente, a histerossalpingografia é indicada para mulheres com suspeita de infertilidade ou que tiveram abortos espontâneos repetidos. As imagens captadas permitem evidenciar uma possível obstrução, uma malformação uterina ou a presença de doenças uterinas que podem afetar a fertilidade, como miomas e pólipos endometriais.
A histerossalpingografia, portanto, é um exame que pode diagnosticar condições e doenças que podem estar relacionadas à infertilidade.
A histerossalpingografia é melhor realizada antes da ovulação, em média, uma semana após a menstruação, para garantir que a paciente não esteja grávida durante o exame (o exame não pode ser feito se a mulher estiver grávida). É importante que o médico seja informado sobre quaisquer infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) não tratadas ou outras infecções pélvicas crônicas. O HSG não deve ser feito se a paciente tiver uma inflamação ativa.
Na noite anterior, a mulher pode ser orientada a esvaziar o intestino com um laxante para que o útero e as estruturas adjacentes possam ser mais claramente visualizadas, e, antes do exame, um anti-inflamatório pode ser administrado para aliviar possíveis desconfortos.
Informe o seu médico sobre quaisquer medicamentos que esteja tomando e alergias, especialmente aquelas relacionadas a agentes de contraste que contêm iodo.
O exame é geralmente realizado em ambiente laboratorial e dura em média 45 minutos. Com a mulher em posição ginecológica, é feita a assepsia, anestesia do colo uterino e injeção do contraste. O médico usa um cateter (instrumento tubular flexível) para direcionar o fluido para o interior do útero.
O cateter usado para a injeção do contraste deve ser tão pequeno quanto possível para que a substância possa ser introduzida pelo colo do útero sem refluxo. Posteriormente, é retirado e a paciente é posicionada sob a máquina de raio-X para que as imagens sejam feitas.
Em algumas mulheres, a histerossalpingografia pode causar dor semelhante a cólicas menstruais, mas que geralmente desaparecem ao final do exame ou algumas horas depois.
Considerando os resultados da histerossalpingografia, o especialista avaliará as possíveis causas de infertilidade, definindo o tratamento mais adequado para cada caso. Esses resultados podem ser de dois tipos:
Significa que tudo está correto e que as tubas uterinas estão abertas, ou seja, o contraste passa por elas e não há obstruções, portanto, se não houver outros problemas de fertilidade, é possível tentar uma gravidez de forma natural ou por técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade.
Nesse caso, o exame pode indicar que uma das tubas uterinas (unilateral) ou ambas (bilateral) podem estar bloqueadas e se há alterações no útero, quando impediram a passagem do contraste. Nesse caso, exames complementares podem ser necessários para determinar a causa do problema.
Um dos aspectos mais importantes a considerar é que, se as tubas uterinas estiverem bloqueadas, é impossível que os espermatozoides cheguem aonde o óvulo se encontra, que o óvulo seja captado ou o embrião transportado ao útero.
Portanto, não há como conceber espontaneamente ou por técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade. No entanto, ainda é possível engravidar com auxílio da fertilização in vitro (FIV), técnica de maior complexidade indicada para os casos negativos de histerossalpingografia, incluindo as obstruções tubárias, uma vez que a fecundação é realizada em laboratório e as tubas uterinas não têm nenhuma função.
Os embriões que resultam da fecundação são posteriormente transferidos ao útero para que a implantação ocorra. O número de embriões transferidos depende da idade da mulher dona dos óvulos.
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