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Cisto no ovário: veja o que pode ser

Cisto no ovário: veja o que pode ser

O acompanhamento da saúde reprodutiva das mulheres é feito normalmente com a realização periódica de exames, incluindo a ultrassonografia pélvica, que avalia as condições de órgãos reprodutivos como os ovários.

É relativamente comum que esses exames apontem a presença de um ou vários cistos no ovário, deixando a mulher preocupada com a possibilidade de este ser um sintoma de algum problema mais grave.

O cisto no ovário pode ser uma ocorrência normal – inclusive bastante frequente –, mas alguns tipos específicos de cistos podem de fato indicar a presença de doenças como a SOP (síndrome dos ovários policísticos) e a endometriose ovariana, que forma o endometrioma.

Neste texto você vai entender melhor quando o cisto no ovário deve ser preocupante e quais são os próximos passos após sua identificação.

Boa leitura!

Quando é normal apresentar cisto no ovário

Os ovários são órgãos reprodutivos bilaterais com duas funções principais:

  1. Armazenar a reserva ovariana – conjunto de todos os folículos ovarianos, que contém um óvulo cada e participam da ovulação e da produção de hormônios;
  2. Interagir com as gonadotrofinas liberadas pela hipófise – FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) – para produzir os hormônios sexuais – testosterona, estrogênios e progesterona.

A produção dos hormônios sexuais acontece simultaneamente ao recrutamento dos folículos: enquanto LH induz a produção de testosterona, o FSH converte a testosterona em estrogênio.

Os estrogênios atuam diretamente no desenvolvimento do folículo que participa da ovulação e na preparação do endométrio – camada de revestimento da cavidade uterina – para receber um possível embrião, a cada ciclo.

No entanto, para que essa dinâmica aconteça, uma grande quantidade de folículos ovarianos deve ser recrutada para interagir com as gonadotrofinas e manter a produção de hormônios no ritmo adequado.

Destes folículos, apenas um – por isso chamado folículo dominante – conclui o processo de crescimento e participa efetivamente da ovulação.

Isso significa que os demais folículos só interagem com as gonadotrofinas até certo ponto, tornando-se atrésicos, regredindo e permanecendo nos ovários como cicatrizes – que podem ser observadas nos exames de ultrassom como cisto no ovário.

Além disso, os locais ocupados por cada corpo lúteo – formado, após a ovulação, pelas células do folículo que restam nos ovários, com objetivo de produzir progesterona em resposta à ação do LH – também podem ser observados no ultrassom como cisto no ovário.

Estes são os cistos mais frequentemente observados nos exames, mas em nenhum desses casos, no entanto, o cisto no ovário representa um sintoma de qualquer doença ovariana.

Quando o cisto no ovário pode ser sinal de complicações

Embora os mecanismos sobre os quais falamos há pouco possam provocar a formação de um cisto no ovário sem maiores consequências para a fertilidade das mulheres, alterações nesses mesmos processos podem levar à formação de cistos específicos, associados a doenças.

Ainda assim é importante lembrar que a ultrassonografia pélvica é somente um exame inicial para investigação do cisto no ovário e que, por isso, normalmente funciona como sinal para realização de exames mais precisos.

O cisto no ovário que pode ser sinal de complicações está associado a duas doenças principais: a SOP e a endometriose ovariana.

Cisto no ovário por SOP

A síndrome dos ovários policísticos ou SOP é uma síndrome metabólica que envolve principalmente os hormônios sexuais, mas provoca sintomas diversos, incluindo infertilidade, hiperandrogenismo e a formação de cistos nos ovários.

A hipótese mais aceita para o funcionamento da SOP aponta para um desequilíbrio na produção das gonadotrofinas, em que há uma diminuição na produção de FSH e um aumento na secreção de LH.

Considerando o papel de cada gonadotrofina na produção dos hormônios sexuais, a mulher com SOP pode apresentar um aumento na concentração de testosterona – que impede a ovulação e faz com que o folículo dominante permaneça retido, formando o cisto no ovário.

O cisto no ovário como resultado da SOP tem características próprias, sendo normalmente múltiplos, esbranquiçados e pequenos.

Além de formar o cisto no ovário, a retenção do folículo dominante é sinal de que a ovulação também não está acontecendo – e por isso a mulher apresenta infertilidade.

Cisto no ovário por endometrioma

O endometrioma é o nome dado ao cisto no ovário formado nos quadros de endometriose ovariana. A endometriose é uma doença estrogênio-dependente, em que o endométrio passa a se desenvolver fora do útero, em focos espalhados pelas estruturas da cavidade pélvica – incluindo os ovários.

O crescimento dos focos endometrióticos, incluindo o endometrioma, é induzido pelo estrogênio natural do ciclo menstrual, que também torna os implantes inflamados.

Por isso, o cisto no ovário dos casos de endometriose ovariana é avermelhado, contendo endométrio ectópico e sangue coagulado. Além disso, normalmente a mulher apresenta um único endometrioma, que cresce com o tempo pela ação dos estrogênios – diferente dos cistos da SOP, que são múltiplos, esbranquiçados, pequenos e não crescem com o tempo.

O endometrioma também cria um ambiente de inflamação nos ovários, que prejudica a ovulação e gera um quadro de infertilidade, mas que também pode danificar a própria reserva ovariana, diminuindo a vida fértil da mulher.

Conheça os possíveis tratamentos para o cisto no ovário

A SOP e a endometriose ovariana em seus estágios iniciais podem ser abordadas por tratamentos hormonais com objetivo de regular o ciclo menstrual – no caso da SOP – e impedir o crescimento do endometrioma.

A mulher com endometrioma também pode receber indicação para remoção cirúrgica do cisto no ovário, especialmente nos casos mais avançados e quando existem outros focos de endometriose na cavidade pélvica.

Reprodução assistida para mulheres com cisto no ovário

Os tratamentos para o cisto no ovário, no entanto, podem não ser indicados em alguns casos, especialmente quando a mulher está tentando engravidar – quando a reprodução assistida pode ser indicada.

Todas as técnicas de reprodução assistida – FIV (fertilização in vitro), IA (inseminação artificial) e RSP (relação sexual programada) – contemplam as demandas reprodutivas de mulheres com cisto no ovário.

Leia mais sobre a SOP tocando neste link.

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