O pólipo endometrial é uma espécie de prolongamento da camada basal do endométrio, que se projeta em direção ao espaço formado pela cavidade uterina e torna-se inflamado sob ação dos estrogênios. A infertilidade feminina pode ser uma das consequências do pólipo endometrial.
Diferente do que acontece nas demais doenças estrogênio-dependentes, o pólipo endometrial é mais comum durante a menopausa, embora possa se manifestar precocemente, quando a mulher ainda pode engravidar. Nestes casos, a fertilidade pode ser prejudicada pelo pólipo endometrial.
Além das dificuldades reprodutivas, o pólipo endometrial também pode desencadear sintomas dolorosos, derivados das alterações inflamatórias da doença, que causam sofrimento e prejudicam o cotidiano da mulher.
A doença conta com algumas formas de tratamento, mas a cirurgia de pólipo é a única forma de realmente erradicar a doença.
Neste texto mostraremos mais detalhes sobre como a cirurgia de pólipo é realizada e em que situações é indicada.
Boa leitura!
É comum que as mulheres com pólipo sejam assintomáticas, porém a doença pode desencadear sintomas especialmente dolorosos e sobre o fluxo menstrual.
Os sintomas do pólipo endometrial são resultado do processo inflamatório disparado pela doença sobre a superfície da cavidade uterina, onde o pólipo normalmente se desenvolve. Assim como acontece na maior parte das inflamações, o tecido torna-se inchado, sangra mais facilmente e pode ficar hipersensível (o que resulta em dor).
Na presença dos sinais listados a seguir, é importante que a mulher busque atendimento médico com rapidez:
Os exames de imagem são a principal ferramenta para a identificação do pólipo endometrial. A ultrassonografia pélvica transvaginal pode ser um dos primeiros exames solicitados, realizado já na primeira consulta.
Outros exames, como a ressonância magnética e a histeroscopia ambulatorial também podem contribuir para o diagnóstico do pólipo endometrial.
Em algumas situações, principalmente quando o pólipo é único e de tamanho reduzido, a mulher pode controlar o crescimento dessa massa celular com medicação hormonal, como contraceptivos orais e remédios à base de progesterona.
O tratamento medicamentoso, no entanto, não pode ser prescrito para mulheres que desejam engravidar, tampouco aos casos mais severos. A gravidade do pólipo endometrial está associada à quantidade de lesões e ao tamanho adquirido pelos tumores.
Além de restrito, o tratamento medicamentoso não atua sobre as possibilidades de malignização do pólipo endometrial ‒ que é baixa, mas existe.
Indicada como primeira opção para os casos mais graves e para todas as mulheres com pólipo endometrial que desejam engravidar, mesmo com quadros menos severos, a cirurgia de pólipo é a única forma de eliminar o pólipo definitivamente.
A cirurgia de pólipo normalmente é realizada por histeroscopia cirúrgica, em que o acesso ao interior da cavidade uterina é feito por via transvaginal, guiado por uma espécie de endoscópio adaptado para o aparelho reprodutivo feminino, chamado histeroscópio.
Embora seja necessária anestesia geral, a histeroscopia cirúrgica não realiza cortes para acessar o útero, o que reduz o tempo de recuperação. Após a cirurgia de pólipo, a mulher normalmente tem alta em no máximo 24h, realizando alguns dias de repouso para cicatrização do útero, segundo orientação médica.
Na mesma ocasião da cirurgia de pólipo, é possível encaminhar este tecido para biópsia, avaliando as chances de malignização do tumor.
Se a mulher com pólipo endometrial já passou da menopausa e não pode mais ter filhos, pode ser mais vantajoso realizar a histerectomia, para retirada do útero e das tubas uterinas, o que coloca fim à doença definitivamente.
Diferente da polipectomia ‒ como também chamamos a cirurgia de pólipo ‒, a histerectomia também pode ser feita por videolaparoscopia, uma técnica cirúrgica minimamente invasiva. O tempo de recuperação deste procedimento é maior, se comparado à histeroscopia, mas ainda assim bem reduzido em relação às cirurgias abertas.
A cirurgia de pólipo é importante não somente para os casais que desejam engravidar por vias naturais, mas também àqueles que recebem indicação para reprodução assistida, antes do início dos tratamentos.
Isso porque o pólipo endometrial provoca infertilidade feminina por fator uterino e mesmo a técnica de reprodução assistida mais complexa ‒ a FIV (fertilização in vitro) ‒ tem um papel restrito em relação aos eventos que ocorrem no útero como a nidação e o início da gravidez.
Mesmo os casos mais leves se beneficiam da cirurgia de pólipo, para os quais podem inclusive ser indicadas técnicas menos complexas que a FIV, como a IA (inseminação artificial) e a RSP (relação sexual programada).
Ou seja, a cirurgia de pólipo melhora as chances de engravidar por potencializar as taxas de sucesso das técnicas de reprodução assistida.
O pólipo endometrial é uma doença complexa, cujos detalhes você pode conhecer com mais profundidade ao tocar neste link.
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