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Baixa reserva ovariana: consequências na fertilidade

Baixa reserva ovariana: consequências na fertilidade

Reserva ovariana é um termo conhecido principalmente pelas mulheres que dão início às tentativas para engravidar e encontram dificuldades nesse processo ‒ e isso acontece justamente porque a fertilidade feminina depende dessa reserva, entre outros fatores.

Composta por todas as células reprodutivas das mulheres (óvulos), envoltas individualmente pelos folículos ovarianos, a reserva ovariana é totalmente formada antes do nascimento da mulher.

Ainda no primeiro trimestre do desenvolvimento pré-natal, um grupo de células embrionárias especiais, as células germinativas, migram para a região genital e transformam-se em células reprodutivas, constituindo uma parte importante do que futuramente serão os ovários.

Diferente do que observamos no corpo masculino, as mulheres somente produzem células reprodutivas antes do nascimento, o que faz da reserva ovariana um estoque limitado. Além disso, essa reserva passa a ser consumida com a chegada da puberdade, o que contribui para sua diminuição natural.

Em algumas situações, no entanto, a mulher pode apresentar baixa reserva ovariana precocemente, devido a problemas genéticos e adquiridos.

As consequências da baixa reserva ovariana incidem principalmente sobre a fertilidade da mulher ‒ como veremos no texto a seguir.

Boa leitura!

Como a reserva ovariana diminui naturalmente?

A reserva ovariana é, além do conjunto de células reprodutivas femininas propriamente ditas, também o local em que se encontram todas as células que compõem os folículos ovarianos, estruturas multicelulares que envolvem individualmente cada óvulo.

Os folículos ovarianos participam diretamente da ovulação não somente por mediar a atividade hormonal e o óvulo, mas também por ser central na formação de alguns hormônios, como os estrogênios e a progesterona, que executam tarefas fora do ambiente ovariano.

No caso dos estrogênios, o hormônio apresenta um aumento gradual e constante na primeira fase do ciclo reprodutivo e, para isso, uma grande quantidade de folículos ovarianos precisa ser recrutada para participar dos eventos pré-ovulatórios.

Assim, a reserva ovariana é um fator importante da fertilidade feminina. Mulheres que apresentam baixa reserva ovariana normalmente encontram dificuldades para engravidar e podem receber, por isso, indicação para reprodução assistida.

Baixa reserva ovariana e a menopausa precoce

A menopausa precoce é um dos principais quadros apresentados por mulheres com baixa reserva ovariana antes do período que antecede a menopausa, como seria esperado, e normalmente é provocada por alterações genéticas diversas.

As mulheres que apresentam menopausa precoce podem manifestar os sintomas típicos do climatério antes dos 35 anos, o que também inclui um espaçamento cada vez maior entre uma menstruação e outra ou a supressão completa dos ciclos menstruais.

Tratamentos oncológicos, especialmente nos casos de câncer de ovário, podem por si só danificar as células reprodutivas, resultando em uma baixa reserva ovariana e um quadro maior de menopausa precoce.

A ocorrência da menopausa precoce é relativamente baixa na população feminina em idade reprodutiva, mas as consequências deste quadro podem ser severas impedindo que a mulher tenha filhos.

Consequências da baixa reserva ovariana na fertilidade feminina

Como comentamos, a reserva ovariana tem dois papéis principais na fertilidade das mulheres: armazenar as células reprodutivas (óvulos) e interagir com os hormônios neuronais ‒ hipotálamo e hipófise ‒ para a produção de estrogênio e progesterona, principalmente.

A redução da reserva ovariana diminui o tempo de vida reprodutiva da mulher, ou seja, quando ela pode engravidar e ser mãe, e interfere na produção dos hormônios sexuais, provocando outros sintomas, além da infertilidade.

Avaliação da reserva ovariana

Mulheres com histórico familiar de baixa reserva ovariana e menopausa precoce podem se beneficiar ao buscar atendimento médico preventivo, realizando a avaliação da reserva ovariana.

A contagem dos folículos é realizada com imagens obtidas por ultrassonografia pélvica transvaginal e abdominal, com as quais se estima a quantidade de folículos imaturos presentes nos dois ovários.

O hormônio antimülleriano, por ser produzido em quantidades baixas e pouco variáveis pelos folículos ovarianos ainda imaturos, pode ser dosado para estimar a taxa de atividade ‒ e consequentemente a quantidade ‒ dessas células.

Resultado da combinação da contagem amostral de folículos, um exame de imagem, e a dosagem do hormônio antimülleriano, um exame laboratorial, a avaliação da reserva ovariana pode ser feita como um dos exames que precedem os tratamentos com a reprodução assistida.

A reprodução assistida e os casos de baixa reserva ovariana

A reprodução assistida conta com algumas técnicas que atendem a diferentes demandas reprodutivas e buscam, com as ferramentas construídas por suas metodologias, auxiliar casais com dificuldades reprodutivas a ter filhos.

Classificadas em procedimentos de alta e baixa complexidades, as técnicas de reprodução assistida incluem principalmente a RSP (relação sexual programada), a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro).

A indicação de cada procedimento depende das especificidades e do grau de acometimento da fertilidade apresentado pela mulher com baixa reserva ovariana, especialmente para considerar a necessidade de uma etapa mais ou menos intensa de estimulação ovariana ‒ etapa comum a todos os procedimentos.

A preservação da fertilidade é uma possibilidade para mulheres com menopausa precoce e baixa reserva ovariana. Nestes casos, a estimulação ovariana é realizada somente para que os óvulos sejam coletados e posteriormente armazenados por criopreservação.

A infertilidade feminina pode ser uma condição mais comum do que se imagina, com origens diversas. Leia mais sobre o assunto tocando neste link.

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