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Anticoncepcional: veja se ele pode causar infertilidade

Anticoncepcional: veja se ele pode causar infertilidade

Controlar a fertilidade humana é uma busca que impulsionou grandes avanços nas áreas médica e farmacológica, tanto no sentido de aumentar as chances de engravidar – como no desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida –, como de criar métodos para evitar uma gestação não planejada – como na criação do anticoncepcional.

O anticoncepcional beneficiou toda a sociedade por ser acessível e ao mesmo tempo oferecer boas taxas de segurança em evitar que a mulher engravide.

O uso do anticoncepcional permitiu que a mulher pudesse escolher melhor quando engravidar, revolucionando as possibilidades de controle da mulher sobre seu próprio corpo e decisões.

Algumas mulheres, contudo, ainda podem ter receio de iniciar o uso do anticoncepcional por pensar que seu uso prolongado possa trazer algum prejuízo permanente para a fertilidade – o que, na realidade, não acontece.

Se você tem dúvidas sobre a relação entre anticoncepcional e infertilidade, continue a leitura para entender melhor o funcionamento desses medicamentos e porque seu uso não leva à infertilidade permanente.

Entenda melhor o que é anticoncepcional

Embora anticoncepcional e contraceptivo sejam praticamente palavras sinônimas, quando falamos em anticoncepcional estamos nos referindo especificamente aos medicamentos hormonais cujo efeito contraceptivo – isto é, de evitar a gestação – é resultado da interação com a dinâmica dos hormônios sexuais, responsáveis pelo controle da fertilidade.

Atualmente, o anticoncepcional pode ser administrado como a pílula, por via oral continuada, mas também injetável (intramuscular) e pelo DIU (dispositivo intrauterino). Cada método interage com a dinâmica hormonal de uma forma, mas todos criam um quadro temporário e reversível de infertilidade feminina.

Para o efeito contraceptivo da pílula anticoncepcional tradicional, a mulher deve ingerir um comprimido por dia, preferencialmente no mesmo horário, durante 21 dias (uma cartela).

Nesse momento a mulher deve interromper a medicação por cerca de 7 dias, quando normalmente a menstruação aparece.

Ao final desses 7 dias o uso do anticoncepcional deve ser retomado e este ciclo, repetido indefinidamente.

O anticoncepcional injetável funciona de forma semelhante à pílula, mas é administrado uma vez ao mês ou a cada três meses. Já no DIU, a medicação hormonal é liberada pelo próprio dispositivo, diretamente no útero.

Como funciona o anticoncepcional?

Independente da forma com que o anticoncepcional é administrado, na maior parte das vezes sua composição é bastante semelhante, à base de progesterona ou de estrogênio e progesterona combinados.

No ciclo menstrual normal, a progesterona é produzida pelos ovários como resposta à atividade do LH (hormônio luteinizante) – uma das gonadotrofinas – e trabalha principalmente no preparo do útero para receber um possível embrião.

Outra função importante da progesterona, no entanto, é inibir a produção de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), um hormônio essencial tanto para a ovulação, como para o preparo do útero.

Por isso, no ciclo menstrual normal, a inibição do GnRH acontece somente na fase lútea, após a ovulação, e sua função é impedir que uma nova ovulação aconteça no mesmo ciclo.

Nesse sentido, a maior parte dos anticoncepcionais contém progesterona para se utilizar justamente dessa função – inibindo o GnRH e, consequentemente, a ocorrência de ovulação – para impedir que a mulher engravide.

Alguns anticoncepcionais também contêm estrogênios combinados à progesterona, com objetivo de tornar os sangramentos menstruais, no intervalo das cartelas, mais previsíveis.

Isso acontece porque os estrogênios têm um papel fundamental na proliferação do endométrio, sem o qual o uso do anticoncepcional poderia fazer com que a mulher parasse de menstruar.

Anticoncepcional pode causar infertilidade permanente?

Essa é uma preocupação bastante comum entre as mulheres, mas o quadro de infertilidade feminina provocado pelo anticoncepcional não é permanente, mas sim temporário – durando somente o tempo de uso do medicamento – e reversível – ou seja, a mulher volta a ser fértil ao parar de tomar ou injetar o anticoncepcional e quando retirar o DIU.

O que acontece quando a mulher para de tomar anticoncepcional?

Como comentamos anteriormente, a função contraceptiva do anticoncepcional deve-se à inibição da produção de GnRH, provocada principalmente pela progesterona.

Além disso, a manutenção das taxas de progesterona pode provocar também um aumento na produção de muco cervical, o que dificulta ainda mais o trajeto dos espermatozoides.

Quando a mulher para de tomar o anticoncepcional – exceto na interrupção de 7 dias, prevista no uso do medicamento –, a produção de GnRH é restaurada, e consequentemente os processos ovulatórios e o preparo uterino adequado, em pouco tempo.

Anticoncepcional, infertilidade e reprodução assistida

É interessante lembrar que a pílula anticoncepcional também pode ser utilizada para o tratamento de algumas doenças associadas à infertilidade, como a SOP (síndrome dos ovários policísticos) e a endometriose, principalmente em seus estágios iniciais.

Por isso, as mulheres cujas dificuldades reprodutivas que se manifestam após a interrupção do anticoncepcional normalmente já possuíam alterações na fertilidade anteriormente e que podem, inclusive, ter sido mascaradas pelo anticoncepcional. – como nos casos da SOP e da endometriose.

A reprodução assistida, principalmente a FIV (fertilização in vitro), pode ajudar mulheres com diversos tipos de infertilidade a ter filhos.

Toque neste link e leia mais sobre infertilidade feminina.

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