Anovulação e técnicas de reprodução assistida: como elas podem ajudar na infertilidade? - Art Medicina Reprodutiva
Art Medicina | WhatsApp
Clínica Art Medicina Reprodutiva
Pré-agendar consulta
Anovulação e técnicas de reprodução assistida: como elas podem ajudar na infertilidade?

Anovulação e técnicas de reprodução assistida: como elas podem ajudar na infertilidade?

A ovulação é fundamental para a fertilidade por ser o momento em que o óvulo está disponível para ser fertilizado pelo espermatozoide – e, por isso, quando a ovulação ocorre regularmente, há mais chances de uma mulher engravidar.

Nesse sentido, a anovulação pode ser um desafio para os casais que desejam engravidar, já que sem a liberação do óvulo – que chamamos anovulação –, a fertilização não pode ocorrer.

As causas da anovulação podem ser diversas, mas, felizmente, a maior parte das dificuldades associadas à anovulação conta com alternativas promissoras, inclusive a reprodução assistida.

É importante lembrar que cada caso é único, e o tratamento adequado será determinado pelo médico especializado, considerando fatores como idade, histórico médico e causas subjacentes da anovulação.

Neste artigo, vamos explorar a relação entre anovulação e técnicas de reprodução assistida, e como elas podem ajudar casais que enfrentam dificuldades para engravidar.

O que é anovulação?

A ovulação é um processo crucial no ciclo menstrual feminino, em que um dos ovários libera um óvulo, disponível para ser fertilizado pelo espermatozoide, possibilitando a gravidez.

Nesse sentido, podemos dizer que a anovulação é um problema que ocorre quando uma mulher em idade reprodutiva não apresenta a liberação regular de um óvulo por ciclo, durante uma sequência longa de ciclos menstruais.

Em outras palavras, a anovulação é a ausência da ovulação regular.

Entenda o que pode provocar anovulação

As causas da anovulação podem ser diversas – e identificar as razões por trás desse problema é essencial para um tratamento adequado.

Dentre as possíveis causas da anovulação, destacam-se os desequilíbrios hormonais e o estresse – especialmente porque os hormônios desempenham um papel crucial na regulação do ciclo menstrual, e muitos desequilíbrios podem interferir na liberação dos óvulos.

No entanto, duas condições de saúde estão intimamente associadas à anovulação: a SOP (síndrome dos ovários policísticos) e a endometriose ovariana.

A SOP é caracterizada pelo desenvolvimento de cistos nos ovários, que podem prejudicar a maturação dos óvulos e dificultar a ovulação. Nesse caso, os níveis elevados de hormônios como a testosterona interferem no processo ovulatório, provocando a anovulação, um dos seus sintomas, além dos cistos e do quadro de hiperandrogenismo.

Já a endometriose ovariana ocorre quando o tecido semelhante ao revestimento uterino (endométrio) cresce fora do útero, podendo afetar os ovários e formar o endometrioma – um cisto que cresce e torna-se inflamado, inibindo a ovulação (anovulação) e danificando a reserva ovariana.

A reprodução assistida pode ser um tratamento para casos de infertilidade por anovulação

Ainda que a reprodução assistida seja a principal indicação para o tratamento da infertilidade associada à SOP e à endometriose ovariana, existem tratamentos primários disponíveis para lidar com os outros sintomas dessas condições.

Um dos tratamentos mais comuns para SOP e endometriose inclui o uso de contraceptivos orais com dosagens hormonais específicas, que podem ajudar a regular o ciclo menstrual e reduzir outros sintomas, como a acne e o hirsutismo (crescimento excessivo de pelos), no caso da SOP, e a amenorreia e dor pélvica, no caso da endometriose.

Contudo, é importante destacar que os anticoncepcionais, nesses casos, têm o objetivo de regular o ciclo menstrual e equilibrar a dinâmica hormonal – porém, justamente por serem contraceptivos, não são indicados para o tratamento da infertilidade.

Por isso, quando os tratamentos primários não são eficazes ou não são indicados, a reprodução assistida pode ser recomendada para infertilidade causada por anovulação.

Anovulação e as técnicas de baixa complexidade

As técnicas de baixa complexidade, no contexto da reprodução assistida, são a RSP (a relação sexual programada) e a IA (inseminação artificial), que potencializam as chances de a ovulação ocorrer – e por isso são indicadas para infertilidade por anovulação.

A RSP começa, como a IA, com a estimulação ovariana e indução da ovulação – realizadas com medicamentos hormonais que ajudam a promover o desenvolvimento adequado dos folículos ovarianos e estimular a ovulação. Durante esse processo, a mulher pode contar com o acompanhamento de sequenciais ultrassonografias transvaginais, para monitorar o crescimento dos folículos e determinar o momento mais preciso da ovulação.

Uma vez que o momento da ovulação é identificado, as relações sexuais devem acontecer nesse período, aumentando as chances de que a fertilização ocorra naturalmente.

Como comentamos, assim como na RSP, a IA envolve a estimulação ovariana e a indução da ovulação com os mesmos protocolos de medicamentos hormonais e a mulher também passa pelo monitoramento ultrassonográfico da ovulação.

No entanto, na IA, em vez de depender apenas da relação sexual, o esperma do parceiro ou de um doador é coletado, processado em laboratório e, em seguida, introduzido diretamente no útero da mulher, no período fértil – momento mais propício para que a fecundação aconteça.

Por isso, tanto a IA como a RSP são opções eficazes e relativamente simples, indicadas para casais que enfrentam problemas leves de anovulação. Além disso, a IA também é recomendada para casos de infertilidade masculina leve, por permitir o preparo seminal.

Anovulação e a FIV

Em situações mais complexas, a FIV (fertilização in vitro) é frequentemente recomendada por ser uma técnica mais complexa, envolvendo etapas mais elaboradas e por isso superando desafios maiores, inclusive associados à anovulação.

Na FIV, a estimulação ovariana e a indução da ovulação com monitoramento ultrassonográfico também são realizadas, assim como nas técnicas de baixa complexidade – no entanto, os protocolos utilizados na FIV são mais intensivos, visando estimular o crescimento de múltiplos folículos dominantes.

Uma vez que os folículos atingem o tamanho adequado, os óvulos são coletados por punção folicular e fertilizados em laboratório, com os espermatozoides do parceiro ou de um doador.

Após a fertilização, os embriões resultantes são cultivados em laboratório e selecionados para a transferência para o útero, com objetivo de que o embrião se implante e dê início à gestação.

Nesse sentido, justamente por ser mais complexa, a FIV pode ser indicada para casos mais graves de anovulação associados à SOP e à endometriose, além de outros distúrbios reprodutivos severos.

Se você quer saber mais sobre infertilidade feminina, toque neste link para acessar nosso artigo completo.

Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe
com seus amigos esse texto:
Ficou com dúvidas ou gostou do conteúdo?
Deixe o seu comentário abaixo:

© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588