Adenomiose: sintomas

Entre as doenças que atingem o útero e podem provocar a infertilidade, a adenomiose é uma das mais comuns. Ela atinge, principalmente, mulheres acima de 40 anos e com filhos. Mas antes de falarmos sobre ela, precisamos entender como é a estrutura das camadas uterinas.

O útero é formado por três camadas: a camada externa é o perimétrio, a camada intermediária é o miométrio e a camada interna é o endométrio. Durante o ciclo menstrual, o útero de prepara para receber o embrião.

Para isso, a ação do estrogênio — um dos principais hormônios femininos — torna a parede do endométrio mais espessa. Se a gravidez não ocorre, ela descama, a mulher menstrua e o ciclo é reiniciado.

Diante deste cenário, é possível perceber a importância do bom funcionamento do útero para a fertilidade. A presença de alguma doença nessa região pode afetar a qualidade de vida da mulher e, até mesmo, o seu potencial reprodutivo.

O objetivo deste artigo é mostrar os principais sintomas da adenomiose. Além disso, também vamos apresentar o que é a doença e qual é a sua relação com a infertilidade.

Continue a leitura e confira!

O que é adenomiose?

A adenomiose é caracterizada pela invasão de células endometriais no miométrio, camada intermediária do útero. O crescimento dessas células forma um tecido, que responde aos estímulos da ação do estrogênio, provocando uma inflamação no local.

De causa ainda desconhecida, a adenomiose pode ser classificada como focal (quando está localizada em uma região) ou difusa (quando está espalhada pelo miométrio).

A adenomiose pode atingir mulheres de qualquer idade. No entanto, ela é mais comum entre os 40 a 50 anos que já engravidaram. Além disso, ela está associada a cirurgias uterinas anteriores.

Quais são os sintomas da adenomiose?

A adenomiose é assintomática em alguns casos. Em outros, os sintomas podem ser leves ou intensos, de acordo com a gravidade das lesões no miométrio. Por estar relacionada com o estímulo de estrogênio, os seus sintomas são mais intensos nos períodos de maior produção do hormônio.

Na lista dos sintomas mais relacionados com a adenomiose, temos:

• aumento do fluxo menstrual;
• cólicas menstruais intensas;
• sangramentos fora do período menstrual;
• inchaço na região abdominal;
• constipação intestinal;
• dor pélvica;
• dor ao evacuar;
• dor durante a relação sexual;
• inchaço abdominal.

Os sintomas da adenomiose afetam a qualidade de vida e os planos profissionais e pessoais das mulheres com a doença. Por isso, ao perceber a presença de algum sinal, a mulher deve procurar o ginecologista.

Outras doenças possuem sintomas semelhantes ao da adenomiose, como a endometriose, miomas uterinos e pólipos endometriais. Por não ter nenhum sintoma exclusivo, ela pode ser confundida com essas outras doenças, dificultando o diagnóstico.

Como é feito o seu diagnóstico e tratamento?

Por ter sintomas parecidos com outras doenças, o diagnóstico da adenomiose é feito por exclusão. Em geral, ele é realizado com o apoio de um exame físico e exames de imagem.

O exame físico ocorre durante a consulta médica para verificar o inchaço na região pélvica e a sensibilidade uterina. Os exames de imagem são solicitados para detectar a presença de tecido endometrial no miométrio. Entre os mais pedidos temos: a ultrassonografia pélvica, a ressonância magnética e a vídeo-histeroscopia ambulatorial.

Não há cura para a adenomiose, por isso, o tratamento visa controlar os sintomas e proporcionar uma melhora na qualidade de vida da paciente. Para casos leves, é recomendado a administração de medicamentos para aliviar as dores e a inflamação, e medicamentos hormonais.

O tratamento cirúrgico é a principal indicação para casos especiais. Em geral, ela é realizada por vídeo-histeroscopia cirúrgica para retirar o tecido endometrial do miométrio. Por ser um procedimento minimamente invasivo, o período de recuperação é menor que em uma cirurgia convencional.

Além disso, como citamos, a adenomiose é definida como uma doença estrogênio-dependente. Com a chegada da menopausa, a sua produção diminui, ajudando no tratamento.

Qual é a relação entre a adenomiose e a infertilidade?

A adenomiose pode afetar a fertilidade feminina. As alterações provocadas pela doença dificultam o transporte dos espermatozoides para a fecundação e a implantação do embrião no útero.

As mulheres que tiveram dificuldade para engravidar devido à adenomiose podem recorrer para a reprodução assistida, principalmente, a fertilização in vitro (FIV). Ela é a mais moderna e possui a maior taxa de sucesso entre as técnicas disponíveis.

A adenomiose é uma doença crônica estrogênio-dependente que atinge a cavidade uterina. Ela ocorre quando células endometriais invadem o miométrio, camada intermediária do útero. Os seus sintomas afetam a qualidade de vida e, em alguns casos, a saúde reprodutiva da mulher. Entre eles estão: alterações no ciclo menstrual, cólicas e dores intensas. Apesar de não ter tratamento, é possível controlar os seus sintomas.

Neste artigo, destacamos os principais sintomas relacionados com a adenomiose. Se você quer ter uma visão mais detalhada sobre a doença, confira a nossa página institucional sobre a adenomiose!