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A estimulação ovariana reduz a reserva ovariana?

A estimulação ovariana reduz a reserva ovariana?

Uma das dúvidas mais recorrentes entre os casais que estão tentando engravidar é se a estimulação ovariana reduz a reserva ovariana, se ao passar por um estímulo ovariano com medicamentos hormonais a mulher tem sua reserva ovariana diminuída.

Neste texto, iremos responder a essa questão e esclarecer as suas dúvidas sobre o assunto. Além disso, vamos apresentar alternativas disponíveis atualmente que estão se mostrando bastante eficazes na maximização das chances de gravidez.

Quer saber mais? Então, continue conosco!

O que é reserva ovariana?

A reserva ovariana nada mais é do que a quantidade de folículos, estruturas repletas de líquido que contêm o óvulo, presentes nos ovários. Ao longo da vida, a mulher apresenta uma perda contínua dessa quantidade. Toda a reserva ovariana é formada ainda durante o período intrauterino e mesmo durante a gestação a menina já perde parte dos folículos, nascendo com cerca de 2 milhões.

Vale ressaltar, inclusive, que o conhecimento da reserva ovariana é extremamente importante para que as técnicas de reprodução humana assistidas sejam realizadas, como inseminação artificial (IA) ou fertilização in vitro (FIV).

O sucesso desses procedimentos tem relação direta com a quantidade de folículos que ainda estão presentes nos ovários.

O que acontece a cada ciclo menstrual?

A menstruação, de forma simples, é a descamação do tecido que reveste a parte interna do útero: endométrio. Esse processo é acompanhado da eliminação de sangue. O ciclo menstrual é regulado pela interação endócrina que há entre a hipófise, hipotálamo, ovários e o trato genital.

Durante a descamação, os níveis do hormônio fólico-estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH), secretados por uma glândula localizada no cérebro, chamada de hipófise, vão gradativamente aumentando.

Assim, nos ovários, há o recrutamento de diversos folículos. Aproximadamente, em cada ciclo, 1000 folículos são recrutados (aqueles que iniciam o processo de crescimento), no entanto apenas 1 se desenvolve totalmente, amadurece e libera o óvulo, por meio da ovulação, que poderá ser fecundado pelo espermatozoide.

O crescimento dos folículos induz o aumento da produção de estrogênio, hormônio que promove o espessamento do endométrio, processo necessário para que o embrião possa se fixar nele. Se o endométrio estiver fino, o embrião geralmente não consegue se fixar e há o que chamamos de falha de implantação/nidação.

Mais ou menos na metade do ciclo, os níveis de FSH diminuem e os de LH e estrogênio aumentam, induzindo o folículo ao rompimento e à ovulação. O folículo rompido passa a secretar progesterona, hormônio responsável pelo espessamento final do endométrio. Como o corpo entende que pode haver a fecundação depois da liberação do óvulo, a progesterona promove esse espessamento do endométrio para concluir sua preparação para receber o embrião.

Se não houver fecundação, os níveis hormonais diminuem, levando à descamação do endométrio e à menstruação.

Os folículos recrutados que não se desenvolveram regridem e degeneram, o que leva a uma redução progressiva da reserva ovariana.

O que é estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é um processo importante para aumentar as chances de engravidar, independentemente da técnica de reprodução assistida em que será realizada.

Tanto em técnicas de baixa complexidade, como a relação sexual programa (RSP) e a inseminação artificial (IA), quanto na de alta complexidade, a fertilização in vitro (FIV), a estimulação ovariana é a primeira etapa do tratamento.

Na IA e na RSP, a fecundação é realizada de forma natural, nas tubas uterinas. Assim, o seu objetivo é que de 1 a 3 folículos se desenvolvam, para aumentar as chances de a fecundação ser bem-sucedida.

Na FIV, por outro lado, a fecundação é feita em laboratório. Por isso, o objetivo é obter um número maior de folículos – não há um número preestabelecido. Após a estimulação ovariana, os folículos são coletados por aspiração folicular, os óvulos extraídos e selecionados para a fecundação. Já os melhores espermatozoides são obtidos por meio da capacitação por técnicas de preparo seminal.

A fecundação é realizada por FIV com ICSI, em que cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo. Podemos gerar até 8 embriões em cada ciclo de FIV. Os embriões formados são posteriormente cultivados por até 6 dias e transferidos ao útero da paciente na melhor etapa indicada pelo especialista.

A FIV é a técnica mais adequada quando há distúrbios de ovulação de maior gravidade, como nos casos de anovulação crônica, ou seja, quando a mulher não ovula durante os ciclos menstruais.

O que a estimulação ovariana faz?

Como mencionado anteriormente, durante o ciclo menstrual, aproximadamente 1000 folículos são recrutados. No entanto, apenas 1 continua o seu processo de amadurecimento, tornando-se adequado para ser liberado.

Quando há problemas de ovulação, ocorrem dificuldades no processo de desenvolvimento e amadurecimento folicular, podendo levar a quadros como a ovulação intermitente (oligovulação) ou à ausência de ovulação (anovulação). Para reverter esses quadros, uma alternativa bastante eficaz é a estimulação ovariana.

O procedimento utiliza medicamentos para estimular o desenvolvimento, amadurecimento e rompimento de mais folículos, obtendo 1 ou mais óvulos disponíveis para a fecundação, de acordo com a técnica utilizada.

A estimulação ovariana, portanto, aumenta as chances de sucesso gestacional e não promove a redução da reserva ovariana, que acontece naturalmente durante o processo de envelhecimento da mulher, assim como pode ser consequência de algumas doenças, como os endometriomas, uma forma de manifestação da endometriose.

Gostou de aprender mais sobre o assunto? Aproveite e complemente o seu estudo sobre a estimulação ovariana. Boa leitura!

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