Os testículos desempenham um papel crucial no sistema reprodutivo masculino, produzindo espermatozoides e hormônios sexuais, como a testosterona, em resposta à atividade dos hormônios reguladores, produzidos na hipófise e hipotálamo.
Estão localizados dentro da bolsa escrotal por serem glândulas sensíveis, cujo funcionamento depende de certas condições ambientais especiais, como temperatura mais baixa e irrigação sanguínea ininterrupta.
Quando esses aspectos são comprometidos – como acontece na torção testicular – a fertilidade masculina pode ser comprometida.
A torção testicular é uma condição séria e que requer atenção médica imediata. Por isso, reconhecer os sintomas precocemente e buscar assistência médica adequada são essenciais para garantir um diagnóstico rápido e a preservação da função testicular, minimizando complicações e resguardando a fertilidade masculina.
Ainda assim, embora a torção testicular possa ter um impacto negativo na fertilidade masculina, é encorajador saber que existem opções disponíveis para casais que desejam ter filhos. Com o avanço da tecnologia e o suporte da reprodução assistida, muitos casais conseguem superar essa dificuldade e realizar o sonho da paternidade.
Neste artigo, vamos abordar especialmente a importância do diagnóstico precoce da torção testicular, fornecendo informações preciosas sobre este evento traumático, seus sintomas, processo diagnóstico e tratamentos possíveis.
Em linhas gerais, a torção testicular ocorre quando o cordão espermático, que inclui a rede sanguínea responsável por irrigar o testículo, se torce, bloqueando esse fluxo sanguíneo.
Embora a condição seja mais comum em adolescentes e jovens, também pode ocorrer em adultos, normalmente sendo extremamente dolorosa e prejudicial se não for tratada rapidamente.
Alguns fatores de risco, além da idade, também estão associados a uma chance maior de desenvolver a torção testicular, como:
É importante estar ciente desses fatores de risco e, nessas situações, tomar medidas preventivas, como a cirurgia para descida dos testículos, nos casos de criptorquidia.
A torção testicular é caracterizada por sintomas específicos, entre os quais, a dor intensa e súbita na bolsa escrotal, que pode irradiar para a região abdominal, é o mais comum. Essa dor geralmente é aguda e contínua, podendo piorar com o movimento ou ao tocar o testículo afetado.
Além da dor, outros sintomas podem estar presentes, como inchaço da bolsa escrotal, vermelhidão e sensibilidade aumentada no testículo afetado, que pode ficar tenso e aumentar de tamanho. Em alguns casos, pode haver alterações na posição do testículo, como uma rotação anormal.
É importante ressaltar que os sintomas da torção testicular podem variar de pessoa para pessoa e nem sempre são tão evidentes. Em alguns casos, pode ocorrer uma forma parcial de torção testicular, em que os sintomas podem ser mais leves ou intermitentes, tornando o diagnóstico mais desafiador.
No entanto, é fundamental não ignorar qualquer desconforto persistente, dor ou inchaço na região escrotal. Caso ocorram estes sintomas, é recomendado procurar imediatamente atendimento médico de emergência, para realizar uma avaliação adequada e confirmar o diagnóstico.
O diagnóstico da torção testicular envolve um exame físico minucioso, em que o médico avalia os sintomas relatados e verifica possíveis alterações na posição e consistência dos testículos. Alguns exames complementares, como ultrassonografia testicular com Doppler, podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico e avaliar a viabilidade do testículo afetado.
Como comentamos, a torção testicular é uma emergência médica que requer intervenção imediata. Isso acontece porque a interrupção do fluxo sanguíneo no cordão espermático pode levar à gangrena e perda irreversível do testículo afetado dentro de poucas horas – comprometendo a fertilidade masculina.
Quando se busca atendimento médico imediato, assim que os primeiros sintomas se manifestam, é possível iniciar o tratamento mais rápido e assim evitar complicações maiores da torção testicular, que provoquem um quadro de infertilidade masculina.
O tratamento da torção testicular geralmente envolve a realização de uma cirurgia de emergência, na qual o cordão espermático é desenrolado e fixado novamente, corrigindo a rotação anormal do testículo e evitando futuras torções.
Nos casos mais graves, em que o tratamento não é feito a tempo, o testículo pode ser danificado de forma irreversível, sendo necessária a remoção cirúrgica do testículo afetado.
De toda forma, após a cirurgia para torção testicular, é importante fazer acompanhamento médico regular para avaliar a recuperação da função testicular – e, nos casos em que a fertilidade é comprometida, a reprodução assistida pode ser indicada.
As duas opções mais frequentemente consideradas para infertilidade masculina por torção testicular são a IA (inseminação artificial) com recuperação espermática e a FIV (fertilização in vitro), especialmente realizada e ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).
A IA é uma técnica que envolve a inserção de espermatozoides, obtidos cirurgicamente e previamente preparados, no útero da mulher, aumentando as chances de fertilização do óvulo. É uma opção viável em casos de infertilidade masculina decorrente de torção testicular quando ao menos um dos testículos foi preservado e a permeabilidade das tubas uterinas está garantida.
Já a FIV com ICSI costuma ser indicada quando a qualidade dos espermatozoides está comprometida, como pode ser o caso das situações mais graves de torção testicular.
A FIV envolve a fertilização dos óvulos em laboratório, com os espermatozoides sendo injetados diretamente no interior dos óvulos e através da técnica de ICSI – que pode superar algumas limitações da qualidade dos espermatozoides, permitindo uma fertilização bem-sucedida mesmo em condições adversas. Os embriões obtidos são cultivados por alguns dias e transferidos diretamente para o útero.
A escolha entre a IA e a FIV com ICSI dependerá da avaliação médica individualizada, levando em consideração fatores como a saúde geral do casal e outros aspectos específicos, além do quadro de infertilidade masculina.
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