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Transferência de blastocisto

Transferência de blastocisto

Entre os avanços da FIV (fertilização in vitro) está a evolução dos meios de cultura, que possibilitou o cultivo de embriões por mais tempo. Atualmente, com a cultura estendida, os embriões podem ser cultivados em laboratório por até seis dias, fase conhecida como blastocisto.

Dessa forma, a transferência de blastocisto passou a ser a principal estratégia, enquanto a realizada nos primeiros dias de desenvolvimento, chamada D3 ou clivagem, até então tradicionalmente utilizada, tornou-se adotada apenas em algumas situações.

A transferência de blastocisto tem diversas vantagens, da mesma forma que motivou o surgimento de técnicas complementares à FIV, possibilitando a solução de diversos problemas de fertilidade.

Este texto explica o funcionamento da transferência em blastocisto, destacando as vantagens, os casos em que a transferência nos estágios iniciais ainda é indicada e as técnicas complementares que surgiram motivadas pela cultura estendida.

Entenda como funciona a transferência de blastocisto

O tratamento de FIV inicia com a estimulação ovariana e indução da ovulação, cujo objetivo é o de obter mais óvulos para serem fecundados, assim como os gametas masculinos após a coleta do sêmen são selecionados por meio do preparo seminal. Os melhores, considerando motilidade e morfologia, são separados dos outros.

Óvulos e espermatozoides mais saudáveis são então fecundados em laboratório: por FIV clássica, quando são colocados juntos em uma placa de cultura para que a fecundação ocorra naturalmente, ou por FIV com injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), em que cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo.

Atualmente, o método mais utilizado é a FIV com ICSI, em que cada um dos espermatozoides é analisado pelo embriologista com um microscópio e injetado no óvulo por um aparelho de alta precisão chamado micromanipulador de gametas.

Os embriões formados são cultivados em laboratório. A opção pela transferência em D3, quando eles estão entre o segundo e terceiro dia de desenvolvimento, era amplamente utilizada principalmente pela falta de capacidade de os meios de cultura sustentarem o crescimento por mais tempo. Atualmente, os embriões geralmente são transferidos em estágio de blastocisto.

A transferência em D3 ainda permanece como opção, principalmente quando uma quantidade menor de óvulos é obtida ou quando a qualidade embrionária pode ser comprometida pela cultura estendida. Embriões de baixa qualidade geralmente não sobrevivem em laboratório por mais que três dias. Nesses casos, o desenvolvimento no útero é mais indicado.

A transferência na fase de blastocisto, por outro lado, possibilita um acompanhamento mais criterioso do desenvolvimento embrionário e a realização de teste genético pré-implantacional (PGT).

Com o embrião em blastocisto, surgiu a possibilidade de congelamento de todos os embriões, para serem transferidos apenas no próximo ciclo de tratamento ou no futuro. A técnica recebeu o nome em inglês freeze-all. O congelamento de gametas e embriões é uma das técnicas complementares à FIV.

A transferência em um ciclo posterior contribuiu para minimizar os efeitos provocados pelos medicamentos hormonais na receptividade endometrial.

Durante a fase de blastocisto, as células embrionárias também podem ser analisadas pelo teste genético pré-implantacional (PGT), outra técnica complementar ao procedimento, que proporciona a identificação de distúrbios genéticos e cromossômicos, selecionando os embriões livres de doenças genéticas ou cromossômicas.

O PGT também diminuiu os percentuais de falhas na implantação do embrião associadas à aneuploidia, quando há um número maior ou menor de cromossomos no cariótipo.

O hatching assistido, técnica também complementar à FIV realizada no blastocisto, possibilita a criação de aberturas na zona pelúcida, membrana que protege o embrião, facilitando sua ruptura e diminuindo as chances falhas de implantação. Embriões formados com óvulos de mulheres mais velhas, por exemplo, têm dificuldades para rompê-la.

Além disso, diversos estudos demonstram que os percentuais para o sucesso gestacional são bem mais expressivos quando a transferência é realizada no estágio de blastocisto, em comparação com o de clivagem.

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