SOP: saiba como é feito o diagnóstico

A síndrome dos ovários policísticos (SOP), também conhecida pela sigla SOP, é uma doença endócrina que atinge cerca de 5% a 20% da população feminina em idade reprodutiva.

Entre os seus principais sintomas estão o aumento dos pelos faciais, acne e menstruação irregular, o que pode afetar a autoestima da mulher. Além disso, o impacto na sua saúde reprodutiva demanda atenção, pois pode provocar infertilidade.

Por isso, identificar os principais sintomas da doença e saber como é realizado o seu diagnóstico são informações importantes para que a mulher cuide da sua saúde.

Os critérios para o diagnóstico da SOP mudaram com o tempo. Atualmente, a ultrassonografia não é mais necessária, por exemplo. Para tirar todas as dúvidas, vamos mostrar, neste artigo, como é feito o diagnóstico da SOP e outros aspectos da doença.

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O que é SOP?

A SOP é um distúrbio endocrinológico muito comum em mulheres durante a sua vida reprodutiva. Ela está relacionada a alterações hormonais que provocam a formação de cistos ovarianos e, consequentemente, ao aumento dos ovários.

A testosterona, apesar de ser muito relacionada aos homens por ser o principal hormônio masculino, também está presente no corpo das mulheres sendo produzida nos ovários.

Em uma mulher saudável, ele é produzido em baixa quantidade. No entanto, o aumento da sua produção provoca a formação de cistos ovarianos e outras complicações. O aumento nos níveis de hormônios masculinos, conhecido como hiperandrogenismo, é um dos sinais mais associados à SOP.

Segundo estudos, a infertilidade atinge cerca de 40% das pacientes com SOP. Ela é apontada como a principal causa de anovulação, que é um distúrbio caracterizado pela ausência de ovulação. O processo de liberação do óvulo pelos ovários é essencial para a fecundação em uma gravidez natural. Além disso, a presença de cistos afeta o bom funcionamento dos ovários.

Causas

A causa da SOP ainda é desconhecida, porém, sabemos que ela multifatorial. Ela provoca alterações no sistema endócrino, metabólico e reprodutivo das mulheres. Diversos fatores estão relacionados ao surgimento da doença, como a hereditariedade, a obesidade e a resistência à insulina.

Principais sintomas

Para muitas mulheres, os sintomas da SOP aparecem ainda na adolescência. Na lista dos sintomas mais frequentes, temos:

• irregularidade do ciclo menstrual (com relação a duração e a sua frequência);
• alteração no fluxo menstrual (ele pode ficar mais ou menos intenso);
• hirsutismo (surgimento de pelos em locais tipicamente masculinos, como no rosto e nas costas);
• acne;
• ganho de peso;
• queda de cabelo (alopecia);
• infertilidade.

Como é feito o diagnóstico?

A SOP é uma doença multifatorial e complexa, por isso, os seus sintomas são parecidos com outras enfermidades, como os miomas uterinos e a endometriose. Desse modo, o diagnóstico é feito por exclusão das doenças que possuem sintomas parecidos com a SOP.

A confirmação ocorre quando a paciente apresenta, pelo menos, dois dos três critérios abaixo:

• oligomenorreia (ciclos menstruais com intervalos superiores a 35 dias) ou amenorreia (ausência da menstruação por mais do que 6 meses);
• hiperandrogenismo clínico (presença de acne, hirsutismo ou alopecia) ou laboratorial (alteração no nível de algum androgênio);
• presença de cistos nos ovários (pelo menos, 12 cistos com tamanho entre 2 mm a 9 mm ou volume ovariano superior a 10 cm³).

Os principais exames solicitados para confirmar a SOP são o teste físico, o exame de imagem e o exame hormonal. O exame físico é feito no consultório médico com o objetivo de avaliar a presença de alterações nos ovários e no útero.

A ultrassonografia é o principal exame de imagem para detectar a presença de cistos ovarianos. Caso a paciente não seja virgem, o ultrassom transvaginal é o mais indicado. Para verificar desequilíbrios hormonais, os hormônios mais analisados são o FSH, o LH e a testosterona.

Como é o tratamento para a SOP?

A síndrome dos ovários policísticos não tem cura, por isso, o seu tratamento visa controlar os sintomas. De modo geral, é recomendado que a paciente tenha hábitos saudáveis, faça atividades físicas e tenha uma alimentação equilibrada. O tratamento também é determinado pelo desejo da paciente de engravidar ou não naquele momento.

Para mulheres que não querem engravidar

Nesses casos, o tratamento visa aliviar os sintomas causados pela SOP. O mais indicado é a administração de anticoncepcionais orais para a irregularidade menstrual. O tratamento deve ser contínuo até o momento que a paciente queira engravidar.

Para mulheres que querem engravidar

As técnicas de reprodução assistida são o melhor tratamento para a paciente com SOP que deseja engravidar. São elas: a relação sexual programada, a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV).

Em todas elas, a primeira etapa consiste na estimulação ovariana, que consiste no uso de hormônios para estimular o amadurecimento de, pelo menos, um folículo ovariano. Dentro dele está o óvulo, que será utilizado na fecundação.

A SOP é uma das principais causas de infertilidade feminina. Os seus sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, por isso, o seu diagnóstico é feito por exclusão.

Para saber mais informações sobre ela, leia a nossa página dedicada à síndrome dos ovários policísticos!