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SOP: o que é?

SOP: o que é?

A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, mas o que muitas pessoas desconhecem é que as mulheres também produzem este androgênio, ainda que em níveis muito menores que os homens, sendo um hormônio fundamental também para o equilíbrio da fertilidade feminina.

Classificada como pertencente ao grupo dos androgênios, a testosterona ativa é produzida a partir do colesterol.

Nas mulheres, essa cadeia bioquímica tem início nos ovários e adrenais, e suas últimas fases acontecem em tecidos periféricos, como o adiposo, o muscular e o cutâneo.

Nos ovários, a testosterona é produzida nas células da teca sob ação do LH (hormônio luteinizante). O FSH (hormônio folículo-estimulante) atua convertendo essa testosterona em estradiol, um dos estrogênios responsáveis pela ovulação.

A testosterona é central também no desenvolvimento e manutenção de músculos e ossos, pelos axilares e pubianos, e está envolvida nos processos bioquímicos da libido.

Doenças como a SOP (síndrome dos ovários policísticos) são resultado do aumento anormal nos níveis séricos de testosterona nas mulheres e esse desequilíbrio reflete uma diminuição da produção de FSH e um aumento na de LH, que interrompem a ovulação.

Além da anovulação, que causa infertilidade, mulheres com SOP apresentam aumento dos pelos corporais, que também podem aparecer em locais atípicos (hirsutismo), acne, perda de cabelo, irregularidade hormonal e aumento exagerado da libido.

Acompanhe o texto e entenda melhor o que é a síndrome dos ovários policísticos.

O que é a síndrome dos ovários policísticos (SOP)?

A SOP é uma síndrome endócrina em que a mulher tem a ovulação comprometida pelo aumento dos níveis séricos de andrógenos, especialmente a testosterona ativa.

Essas alterações levam à infertilidade por anovulação, e também ao hiperandrogenismo e à formação de cistos nos ovários, visíveis nos exames de imagem.

Entre os mecanismos endócrinos envolvidos na SOP está o padrão de secreção de gonadotrofinas, que ao invés de manter os níveis normais, promove a hipersecreção do LH e a hipossecreção do FSH.

O aumento de LH superestimula as células da teca (localizadas nos folículos ovarianos), que são responsáveis pela produção de androgênios, predominantemente a testosterona. Paralelamente, a hipossecreção de FSH leva a uma diminuição na taxa de conversão de androgênios em estrogênios, nos ovários.

A combinação desses dois efeitos faz com que haja um aumento dos androgênios circulantes e a diminuição dos níveis séricos de estrogênios.

O padrão alterado na secreção do LH e do FSH também se reflete na fertilidade. Os folículos ovarianos são recrutados para o amadurecimento, porém não completam o processo, permanecendo nos ovários em forma de cistos.

A infertilidade na SOP acontece, portanto, por anovulação, já que os óvulos não são liberados dos ovários para as tubas uterinas e útero, impossibilitando a fecundação.

Além das alterações relativas às gonadotrofinas, também a insulina e o IGF-1 desempenham papéis importantes na produção anômala de androgênios nestas mulheres.

Quais são os principais sintomas da SOP?

Os três principais sintomas da SOP são a infertilidade por anovulação, a formação de cistos ovarianos e o hiperandrogenismo, pelo aumento da testosterona.

A anovulação e, consequentemente a infertilidade, é um sintoma que costuma se manifestar visivelmente na forma de amenorreia, ausência de menstruação, ou oligomenorreia, quando a mulher tem menos de 9 ciclos menstruais em um ano.

O mecanismo pelo qual acontece a anovulação faz, ainda, com que os folículos sejam retidos nos ovários, permanecendo ali em forma de cistos.

É impossível que a mulher com SOP perceba os cistos nos ovários por si própria, então este é um sintoma que só pode ser averiguado por exames de imagem.

No entanto, o aumento da testosterona sérica é responsável por desencadear um quadro geral de hiperandrogenismo, esse sim observável visualmente, que inclui sintomas como hirsutismo (excesso de pelos), alterações na libido, acne, alopecia (queda acentuada de cabelo).

O hiperandrogenismo e a infertilidade são dois dos sintomas mais frequentes na SOP.

Quais são os tratamentos disponíveis para a mulher com SOP?

Muitas mulheres portadoras de SOP apresentam quadro de obesidade ou sobrepeso, já que o tecido adiposo é um dos locais de metabolismo da testosterona, a perda de peso pode ser um dos passos mais importantes.

Na ausência de obesidade, o foco do tratamento deve ser o controle da produção de androgênios e, nesses casos, o desejo da mulher de engravidar deve ser levado em conta, já que o principal tratamento para reequilíbrio hormonal é feito com a administração de anticoncepcionais orais combinados.

Essa medicação é aconselhável para as mulheres que não desejam engravidar no momento e atua também na regulação da menstruação e do funcionamento da unidade pilossebácea, reduzindo a produção de sebo (e a acne, consequentemente), além de diminuir o crescimento de pelos.

SOP e reprodução assistida

Quando a mulher apresenta infertilidade decorrente da SOP e busca a reversão desse quadro para iniciar uma gestação, o tratamento mais indicado é a estimulação ovariana, normalmente associada à aplicação de técnicas de reprodução assistida.

A relação sexual programada, ou RSP, é uma técnica de baixa complexidade e pode ser uma opção. Na RSP, a mulher faz a estimulação ovariana com medicamentos e o crescimento dos folículos é acompanhado via ultrassonografia a cada 2 dias.

O acompanhamento via ultrassom permite que se saiba o momento exato da liberação dos óvulos, e a mulher é aconselhada a manter relações sexuais nesse período, com maiores chances de resultar em gravidez.

Quando a RSP não alcança o sucesso ou quando existem outros fatores de infertilidade associados, o casal pode recorrer à FIV (fertilização in vitro), técnica de alta complexidade em que ambos os gametas são coletados em laboratório e a fecundação acontece fora do corpo da mãe, em ambiente laboratorial.

A FIV oferece altas taxas de sucesso, sendo a técnica mais realizada no mundo para praticamente todos os casos de infertilidade.

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