A laqueadura tubária é um método contraceptivo considerado definitivo, permanente, em que as tubas uterinas são cortadas ou bloqueadas para impedir que os espermatozoides alcancem o óvulo e, consequentemente, ocorra a fecundação.
Apesar de ser comumente utilizado para evitar a concepção, em boa parte dos casos as mulheres se arrependem, motivadas pelo desejo de ter mais filhos, principalmente as mais jovens.
A laqueadura pode ser revertida cirurgicamente, embora nem sempre as taxas de sucesso sejam satisfatórias, por isso cada caso deve ser avaliado individualmente, assim como o método original de laqueadura. O procedimento é conhecido como reversão da laqueadura e é minimamente invasivo.
O sucesso está relacionado a diferentes variáveis, como a idade da mulher, o tipo de ligadura realizado e o tempo decorrido do procedimento.
Mulheres que desejam engravidar e que não podem ser submetidas à reversão da laqueadura, ou mesmo nos casos em que a reversão não foi bem-sucedida, podem recorrer às técnicas de reprodução assistida para conseguir engravidar.
Este texto explica o funcionamento da reversão da laqueadura. Destaca as técnicas utilizadas para realizar a cirurgia, os casos em que ela é indicada, as taxas de sucesso, os riscos associados ao procedimento e a técnica de reprodução assistida mais adequada para mulheres submetidas à laqueadura que não obtiveram sucesso na reversão ou não querem fazê-la.
A cirurgia para reversão da laqueadura é realizada com o objetivo de remover as peças utilizadas para bloquear as tubas uterinas, como clipes ou anéis, e para repará-las ou reconectá-las, nos casos em que foram cortadas.
A paciente deve ser antes submetida a diferentes exames para confirmar a possibilidade de a cirurgia ser bem-sucedida. Normalmente, a técnica utilizada para realizar o procedimento é a videolaparoscopia.
Minimamente invasiva, a cirurgia prevê pequenas incisões na região abdominal pelas quais são inseridos os instrumentos e equipamentos de alta tecnologia, como minicâmeras e fibras óticas, que permitem a iluminação ideal e uma visão detalhada, a partir da transmissão, em tempo real, para monitores.
Durante o procedimento, os segmentos bloqueados ou cortados são reconectados ao restante das tubas, a partir de pequenas suturas realizadas com fio absorvível. Após a reconstituição, os espermatozoides podem alcançar novamente o óvulo para fecundá-lo.
A recuperação é de no máximo duas semanas, quando já é possível retornar às atividades normais. Periodicamente devem ser realizados exames de imagem para acompanhar a evolução do processo.
As taxas de sucesso para obtenção de uma gravidez no futuro são mais altas em mulheres com até 35 anos e progressivamente diminuem. Por isso, o procedimento de reversão é principalmente indicado para mulheres mais jovens, em que a laqueadura foi menos invasiva. Ou seja, nos casos em que apenas uma pequena porção das tubas uterinas foi removida ou quando o procedimento foi realizado com a utilização de clipes tubários ou anéis.
Já os considerados irreversíveis são os que a laqueadura causou cicatrizes para bloquear as tubas uterinas.
Se não houver sucesso na cirurgia ou quando ela não pode ser realizada e para mulheres com mais de 35 anos, é indicado o tratamento por FIV (fertilização in vitro).
O método mais utilizado atualmente é FIV com ICSI, em que cada espermatozoide é individualmente injetado no óvulo por um micromanipulador de gametas – instrumento de alta tecnologia utilizado pelo embriologista para manipulação microscópica –, aumentando, assim, as chances de fecundação.
Além disso, a FIV possibilita a indicação de outros procedimentos de suporte para alguns casos, como o hatching assistido, que auxilia os embriões com zona pelúcida espessa a se romperem para se fixarem no útero.
A FIV é considerada a principal técnica de reprodução assistida e a que apresenta os percentuais mais expressivos de gravidez bem-sucedida por ciclo de realização.
Ainda que sejam raros, alguns riscos estão associados à reversão da laqueadura. Os principais são:
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