A ovodoação é indicada para diversos casos de infertilidade feminina, assim como para o tratamento de casais homoafetivos masculinos, e representa uma das etapas da fertilização in vitro (FIV). Com essa técnica de reprodução assistida, as pessoas que planejam ter um filho têm mais chances de que isso se torne uma realidade.
Neste texto, falaremos detalhadamente sobre o que é e como é realizada a doação de óvulos, quais são as principais normas que regulamentam o procedimento e para quais casos ele é indicado. Acompanhe o conteúdo até o final e saiba também quais são as taxas de sucesso dessa técnica.
A ovodoação é uma técnica de reprodução assistida que consiste na doação de materiais genéticos — nesse caso, os óvulos — que serão utilizados durante o processo de FIV.
De acordo com a resolução 2168 do Conselho Federal de Medicina (CFM), há várias regras que direcionam esse procedimento, as quais valem tanto para a doação de óvulos quanto de espermatozoides:
Essa técnica é indicada nos casos em que a mulher não possui reserva ovariana suficiente, seja por falência prematura dos ovários (menopausa precoce), seja por risco aumentado de transmissão de doenças gênicas, seja ainda por outro comprometimento na qualidade dos óvulos.
Da mesma forma, a ovodoação é necessária na reprodução assistida de casais homoafetivos masculinos. Nesse caso, outros procedimentos também são necessários, como a cessão temporária de útero.
A ovodoação pode ser feita de forma voluntária ou no contexto identificado como doação compartilhada. No primeiro caso, basta que a mulher atenda aos requisitos necessários e queira doar seu material genético.
A doação compartilhada é indicada quando doadora e receptora apresentam comum desejo do tratamento de reprodução assistida. Assim, as pacientes compartilham tanto do material biológico quanto dos custos do procedimento.
Em ambos os casos, antes da doação, a mulher precisa passar por uma série de exames para avaliar a qualidade dos gametas e fazer o rastreio de doenças genéticas. Depois de todas as avaliações preparatórias, a doadora passa por um processo de estimulação ovariana, realizado com medicamentos hormonais.
Com exames ultrassonográficos, é possível acompanhar o crescimento dos folículos. Ao atingirem os aspectos esperados, isto é, o diâmetro ideal, é iniciada a indução ovulatória. Após todo o processo, os óvulos são coletados e seguem para criopreservação ou congelamento de gametas.
Nos casos de doação compartilhada, enquanto a doadora passa por esses procedimentos, a receptora realiza um tratamento de preparação endometrial, uma vez que o endométrio é a camada uterina responsável pela fixação embrionária.
Quando todas essas etapas estiverem concluídas, os óvulos são divididos entre as duas pacientes e passam para a fase de fertilização, cada qual com os gametas de seus respectivos companheiros. Por fim, ocorre a transferência dos embriões para o útero de cada uma.
A doação de óvulos é um procedimento de alta relevância para a FIV. A partir dessa técnica, muitas pacientes com disfunções ovarianas, mas que têm o desejo de engravidar, podem realizar esse sonho. Dessa forma, mesmo com o quadro de infertilidade confirmado, a mulher pode passar pela experiência de gestar um bebê em seu útero e experimentar todas as sensações da gravidez.
A indicação da ovodoação para mulheres inférteis inclui os seguintes casos:
Com as técnicas de reprodução assistida, o sonho de ter um filho biológico também passou a ser possível para casais homoafetivos masculinos. Nesse caso, a ovodoação é uma etapa imprescindível do tratamento. A fertilização do óvulo recebido é feita com os gametas de um dos parceiros.
Em seguida, o embrião é transferido para um útero de substituição, que, pelas diretrizes do CFM, deve ser alguém da família de um dos pacientes. O parentesco permitido se estende até o quarto grau e inclui mãe, filha, avó, irmã, tia, sobrinha e prima.
A ovodoação é um procedimento com altas taxas de êxito, visto que as doadoras são, por requisito, mulheres saudáveis, em idade fértil e que foram criteriosamente examinadas. Especialistas falam em chances de sucesso de 60% nos casos em que a transferência embrionária é realizada a partir da doação de óvulos.
Apesar de o número já ser positivo, os profissionais da área se mantêm ainda mais otimistas e acreditam no aumento desse índice, tanto para a ovodoação durante o processo de FIV quanto para os demais tratamentos de reprodução assistida.
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