A saúde reprodutiva envolve a condição dos sistemas reprodutores masculino e feminino durante todas as fases da vida. Esses sistemas são compostos por órgãos e glândulas endócrinas produtoras de hormônios, incluindo o hipotálamo e a hipófise no cérebro.
Os ovários são uma parte importante do sistema reprodutor feminino. Sua função é dupla. Eles produzem os hormônios, incluindo o estrogênio, que estimula o preparo endometrial, e libera um óvulo a cada ciclo menstrual para uma possível fertilização.
Para cumprir essas funções, os ovários apresentam características específicas que os tornam adequados ao desenvolvimento de folículos, e à produção de hormônios sexuais. Continue lendo para saber mais sobre as funções e características dos ovários!
Os ovários têm duas funções principais: guardar os folículos (e dentro de cada folículo tem um óvulo) e produzir hormônios, incluindo estrogênio e progesterona. Quando uma criança do sexo feminino nasce, seus ovários contêm todos os óvulos que ela terá, ao contrário dos homens, que produzem espermatozoide por toda a vida, a não ser que tenham algum distúrbio.
Ao nascimento, cerca de 2 milhões de folículos são armazenados nos ovários, mas na puberdade apenas de 300.000 a 500.000 permanecem.
Os ovários geralmente se revezam para liberar um óvulo. O óvulo liberado é então levado para as tubas uterinas, de onde desce para o útero após ser fecundado.
Nos ovários, vários folículos são recrutados no começo do ciclo menstrual. No entanto, apenas um folículo se desenvolve até amadurecer. Esse é chamado folículo dominante. Assim que ele atinge o tamanho ideal, ele se rompe e libera o óvulo, que é, então, capturado pela tuba uterina e segue seu caminho em direção ao útero.
Se o óvulo for fertilizado pelo espermatozoide na tuba uterina, forma-se o embrião, que continua o percurso até chegar ao útero e tenta aderir ao endométrio, camada interna do útero, para dar prosseguimento ao seu desenvolvimento. Esse processo é comandado por hormônios.
O hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) são secretados pela glândula pituitária ou hipófise, localizada no cérebro. O hormônio é transportado pelo sangue até os ovários.
O FSH é responsável pelo desenvolvimento dos folículos, com o auxílio do LH, que posteriormente promove o amadurecimento do que se torna dominante e a sua ruptura para liberar o óvulo durante a ovulação.
Os folículos em desenvolvimento produzem estrogênio, que age no espessamento do endométrio, preparando-o para receber um possível embrião.
Após a ovulação, o folículo rompido se transforma em corpo-lúteo, estrutura que passa a produzir progesterona, hormônio responsável pela continuação do preparo do endométrio. Quando a fecundação não acontece, o corpo-lúteo degenera, os níveis hormonais caem e o endométrio descama, provocando a menstruação e o início de um novo ciclo.
Por outro lado, se houver fecundação, o corpo-lúteo continua a produzir progesterona, função posteriormente assumida pela placenta, garantindo a manutenção da gravidez.
A ação hormonal, portanto, é fundamental para que a gravidez seja bem-sucedida, enquanto o desequilíbrio hormonal pode resultar em infertilidade feminina.
Os distúrbios ovulatórios são uma das razões pelas quais as mulheres não conseguem ter filhos. Os principais fatores são:
Antes que a infertilidade por fator ovariano possa ser tratada, ela deve ser devidamente diagnosticada. Isso pode ser realizado por meio de uma avaliação hormonal obtida de uma amostra de sangue ou por um procedimento de imagem, como a ultrassonografia pélvica.
Uma vez identificada a causa da infertilidade, indica-se o tratamento mais adequado, que pode ser medicamentoso ou cirúrgico.
Se o tratamento não restaurar a fertilidade, o casal pode recorrer à reprodução assistida. A indicação do melhor tratamento depende de muitos fatores, por isso o casal precisa passar por uma investigação detalhada.
A estimulação ovariana é a primeira etapa dos tratamentos de reprodução assistida, incluindo a fertilização in vitro (FIV). O objetivo é estimular o desenvolvimento de um número maior de folículos e obter mais óvulos disponíveis para a fecundação. É fundamental para mulheres que sofrem com distúrbios de ovulação, causa comum de infertilidade feminina.
Na FIV, como a fecundação é realizada em laboratório, pretende-se obter o máximo possível de óvulos maduros, extraídos do líquido folicular coletado dos ovários da mulher por punção folicular. Uma quantidade maior de óvulos aumenta as chances de sucesso do tratamento, uma vez que mais embriões são formados.
Os ovários têm um papel extremamente importante não apenas no sistema reprodutor feminino, mas também no sistema endócrino como um todo. Os hormônios que secretam garantem o bom desenvolvimento do corpo feminino e promovem uma fertilidade saudável.
Agora que você sabe um pouco mais sobre o ovário, pode se interessar também pelo texto que aborda detalhadamente a estimulação ovariana.
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