O diagnóstico da endometriose leva, em média, 7 anos para ser confirmado após a presença dos primeiros sintomas. Durante esse período, as mulheres precisam lidar com as fortes dores causadas pela doença que afetam a vida pessoal e profissional e, ainda, com o risco de infertilidade (uma das possíveis consequências de um diagnóstico tardio).
Por isso, uma coisa é certa: precisamos falar sobre a endometriose.
Ela atinge, cerca de, 15% da população feminina em idade reprodutiva. Com isso, se tornou uma das principais causas de infertilidade. Estima-se que 50% das mulheres com a doença ficam inférteis.
Devido à importância do tema, reunimos neste artigo os aspectos mais importantes sobre a endometriose. Continue a leitura para saber a sua definição, como ela se desenvolve e qual a sua relação com a infertilidade.
O endométrio é uma das camadas do útero, sendo responsável por acolher e nutrir o embrião no início da gravidez. Para isso, a sua espessura aumenta e diminui ao longo do ciclo menstrual.
As causas da endometriose ainda são desconhecidas, porém, sabe-se que ela é uma doença crônica e inflamatória provocada pelo aparecimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Os locais mais comuns são os ovários, as tubas uterinas e os ligamentos próximos ao útero. Em casos raros, a endometriose é encontrada no coração, nos pulmões e na região abdominal e pélvica.
Entre os maiores fatores de risco para o desenvolvimento da endometriose estão:
A endometriose é classificada de acordo com os seguintes critérios: localização, profundidade e quantidade das lesões e a extensão da doença sobre os órgãos. Desse modo, entre os tipos de endometriose, temos a peritoneal superficial, a ovariana cística e a profunda. Saiba mais detalhes sobre elas, a seguir.
A endometriose peritoneal é classificada como mínima. As suas lesões são superficiais e estão localizadas no interior do abdômen, sendo mais associadas à infertilidade.
Endometriose ovariana (endometrioma)
A endometriose ovariana é considerada moderada, sendo caracterizada pela presença de cistos no ovário (chamados de endometriomas ovarianos). Os cistos podem ter tamanhos variados e provocam alterações na anatomia dos ovários.
A endometriose profunda é o tipo mais grave da doença, sendo as lesões mais profundas mais associadas à dor. As lesões atingem uma profundidade superior à 5 mm e a doença se espalha para órgãos próximos, como ligamentos próximos ao útero, bexiga e intestino.
Quais são os principais sintomas?
A endometriose é difícil de ser diagnosticada, em parte, por ser assintomática em algumas pacientes. Porém, é comum ouvir relatos em que a mulher demora a procurar ajuda médica por acreditar que as dores que está sentindo — em alguns casos, incapacitantes — são normais ou “frescura”.
Além disso, a busca por um diagnóstico é longa e demanda tempo e dinheiro. Em muitos casos, a mulher se consulta com mais de um médico antes de ter uma resposta definitiva para o seu problema.
Entre os principais sintomas relacionados à doença, estão:
Qual a relação entre endometriose e infertilidade?
A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina. De acordo com a sua gravidade, ela pode provocar aderências nos órgãos reprodutores e afetar a receptividade do endométrio, dificultando a implantação do embrião. Além disso, a produção e a qualidade dos óvulos também são comprometidas com a doença.
Nesses casos, as técnicas de reprodução assistida são uma alternativa muito procurada por casais que desejam engravidar. As mais indicadas para pacientes com endometriose são a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV).
Em ambas, a mulher passa por uma estimulação ovariana para desenvolver um número maior de óvulos. Na IA, os espermatozoides são depositados no útero e a fecundação acontece dentro do corpo da mulher. No entanto, ela é indicada para pacientes de até 35 anos e tenham endometriose mínima e leve (endometriose peritoneal).
O processo da FIV é feito em laboratório por meio da técnica ICSI, que possibilita a inserção do espermatozoide diretamente no óvulo. Após alguns dias de desenvolvimento, o embrião é transferido para a paciente. Ela é indicada para os casos de endometriose ovariana e profunda.
A endometriose é uma doença que afeta a qualidade de vida e a fertilidade de milhões de mulheres durante a sua vida reprodutiva. O diagnóstico tardio tem um preço alto para elas por conviverem com uma dor, em muitas situações, incapacitante.
Nos casos de infertilidade, as técnicas de reprodução assistida mais indicadas para as pacientes com endometriose são a inseminação artificial e a fertilização in vitro.
Agora que você já sabe o que é endometriose, que tal conferir como é feito o diagnóstico e o tratamento da doença? Todas as informações estão no nosso texto institucional sobre a endometriose!
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