A reprodução humana é muito complexa e envolve muitas fases. Inicialmente, temos a fecundação, que é a união de um gameta feminino com um masculino. Quando o material genético dessas duas células se une e são compatíveis entre si, forma-se o zigoto. A célula do zigoto, então, faz uma clivagem e ele passa a ter duas células.
A multiplicação continua até uma etapa mais avançada, em que ele se torna um embrião desenvolvido. No entanto, é muito comum utilizarmos a palavra “embrião” para nos referirmos ao zigoto.
Depois de se implantar no útero com sucesso, o ser em desenvolvimento deixa de ser chamado de embrião e passa a ser um “feto”. Com o nascimento, vai se tornar um neonato, ou recém-nascido.
Portanto, o termo embrião vem da palavra da língua latina medieval, em que “embryo” significava “o mais jovem”. Por sua vez, a expressão latina veio do grego “embruos”, a qual era utilizada para dizer “crescendo dentro”. Vemos, portanto, que a origem da palavra tem tudo a ver com o seu significado atual.
Quer saber mais sobre o embrião e como ele se forma? Acompanhe nosso post!
Para falar sobre a formação do embrião, precisamos ir um pouco mais atrás na narrativa da reprodução humana. Afinal, os embriões surgem da união dos gametas e, portanto, é muito importante entender como as células reprodutivas humanas se originam.
Os gametas dos homens são os espermatozoides. Essas células começam a ser produzidas na puberdade nos testículos — sob o estímulo da testosterona. Depois disso, exceto em situações de adoecimento, serão produzidos constantemente até o fim da vida do homem. A produção é contínua e as células são liberadas no sêmen sob o estímulo da ejaculação.
Nas mulheres, porém, a produção de gametas ocorre significativamente apenas antes do nascimento. Portanto, a reserva de células reprodutivas do sexo feminino é determinada nesse momento. Depois disso, há uma redução progressiva do seu número.
Os gametas femininos ficam dentro de estruturas chamadas de folículos, armazenados dentro dos óvulos. A fecundação, por sua vez, ocorre nas tubas uterinas. Portanto, os gametas femininos não ficam constantemente disponíveis.
Após a puberdade, sob estímulo do hormônio folículo-estimulante, dezenas de folículos são recrutados e crescem até diferentes estágios. Contudo apenas um deles chega ao estágio final e libera o óvulo no processo de ovulação.
Enquanto isso, eles produzem hormônios que atuam no útero e preparam o endométrio, local onde o embrião se implanta. Caso uma gestação não aconteça, o endométrio é descamado na forma de menstruação. A fertilidade da mulher é intermitente e o período fértil por volta do meio do ciclo menstrual, que pode durar de 26 a 35 dias em mulheres saudáveis.
A partir dos 40 anos, a reserva ovariana começa a se esgotar e a mulher não é mais capaz de engravidar naturalmente. Assim, ocorre o fim da sua vida reprodutiva.
Nas relações sexuais heteroafetivas, o homem libera milhões de espermatozoides na vagina da mulher. No entanto, essas células ainda estão muito distantes dos gametas femininos. Portanto, precisarão percorrer uma longa jornada até as tubas uterinas, onde o óvulo é depositado após a ovulação.
Dos milhões de espermatozoides liberados, menos de 0,1% chega até ao óvulo. Então, eles começam a tentar perfurar as diferentes camadas do gameta feminino, como a zona pelúcida e a membrana plasmática. Quando um tem sucesso em fecundá-lo, o óvulo “se fecha” aos demais espermatozoides.
A partir desse momento, ocorrem fenômenos fundamentais e complexos para a formação do embrião. O material genético dos gametas precisa se misturar. Então, células com 23 cromossomos formam uma nova célula com 46 cromossomos.
Se o material genético for compatível, há a formação do zigoto, que se inicia como uma única célula. A partir disso, essa célula se multiplica rapidamente em um processo conhecido como “clivagem”.
As células do zigoto são totipotentes, isto é, elas são indiferenciadas e podem se tornar qualquer órgão ou tecido humano. Em um sentido mais restrito, o embrião apenas surge quando o zigoto já tem células mais diferenciadas, o que acontece por volta do 5º ao 6º dia após a fecundação.
Nas fases iniciais, o embrião recebe o nome de blastocisto, em que já podemos identificar dois tecidos diferentes:
Quando chegar ao útero, o trofoblasto vai interagir com o endométrio e invadi-lo. Caso tenha sucesso em se fixar no endométrio, ocorre a nidação, que marca o início de uma gestação viável. Assim, ele vai poder desenvolver seus órgãos e tecidos. Quando tiver em um estágio mais avançado de desenvolvimento, o novo ser deixa de ser chamado de embrião e passa a ser um feto.
Há três técnicas de reprodução assistida:
Portanto, a reprodução assistida conta com técnicas de diferentes complexidades, que são proporcionais à extensão das intervenções que são feitas nos processos reprodutivos. Dentre elas, a FIV é a mais complexa, sendo a única em que a formação do embrião é realizada fora do corpo da mulher.
Quer saber mais sobre a FIV e como ela é feita? Confira este artigo sobre o tema!
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