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O que é DIP?

O que é DIP?

Muitas vezes, as mulheres são culturalmente levadas a acreditar que sentir dor é uma parte comum da vida feminina. No entanto, é importante reconhecer: sentir dor não é normal e pode ser um sinal de problemas de saúde subjacentes que precisam ser investigados.

A dor pélvica, por exemplo, pode ser comum durante o período menstrual (cólicas menstruais) somente quando a dor não é incapacitante. Se a mulher passa pela experiência de dores intensas durante a menstruação e fora do período menstrual, é importante buscar ajuda médica para descartar condições como endometriose e infecções no aparelho reprodutivo.

Além disso, dor na relação sexual também não é normal e pode ser sinal de infecção, inflamação ou problemas com a anatomia genital. Ignorar esses sintomas pode levar a problemas mais graves de saúde, incluindo a infertilidade feminina.

É importante que as mulheres entendam que sentir dor não é normal e que devem procurar ajuda médica quando sentirem dores intensas ou persistentes. Na mesma medida, é fundamental que os profissionais de saúde levem a dor das mulheres a sério, fornecendo diagnóstico e tratamento adequado, o que inclusive melhora a qualidade de vida da mulher.

Neste texto você vai conhecer melhor a DIP (doença inflamatória pélvica), uma condição infecciosa mais grave que pode trazer tanto prejuízos para a própria qualidade de vida, como para a fertilidade e a capacidade de ter filhos.

Continue conosco na leitura e saiba mais!

Entenda melhor o que é a DIP

A doença inflamatória pélvica – ou simplesmente DIP – é uma infecção provocada por diversos microrganismos simultaneamente e que afeta o trato genital feminino superior, incluindo o útero, as tubas uterinas e os ovários.

A DIP é geralmente causada por bactérias que provocam ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), especialmente a clamídia e a gonorreia, embora a doença também possa contar com a participação de outros microrganismos, incluindo superpopulações de bactérias típicas da flora vaginal e vindas do trato intestinal, como a E. coli.

Normalmente, a DIP tem origem em infecções prévias, que afetam o trato reprodutivo inferior – vulva, canal vaginal e colo do útero – e, principalmente quando não há tratamento adequado, se espalham para os órgãos reprodutivos internos.

Isso acontece especialmente nos casos inicialmente assintomáticos, quando a mulher não sabe que contraiu a infecção e, por isso, não busca diagnóstico e tratamento.

Nesse sentido, a DIP pode se manifestar de forma aguda, quando os sintomas estão presentes desde o início e a identificação da doença é mais fácil, ou crônica, se o início da infecção é silencioso, favorecendo a formação do quadro crônico.

Por ter origem principalmente em bactérias sexualmente transmissíveis, a prevenção da DIP envolve o uso de preservativos durante as relações sexuais e a realização de exames regulares de detecção de ISTs. A abstinência sexual durante o tratamento da doença também é fundamental para evitar o contágio de outras pessoas.

Como a DIP pode ser diagnosticada?

Sintomas da DIP

Os sintomas da DIP são a principal ferramenta para o diagnóstico da doença, assim como os exames laboratoriais que identificam os microrganismos envolvidos na infecção.

Alguns sintomas comuns da DIP incluem:

Como comentamos, a mulher pode apresentar sintomas semelhantes antes da ascensão da infecção para o trato reprodutivo superior e é importante buscar atendimento médico e diagnóstico preciso justamente para evitar a contaminação das estruturas mais internas.

Nos casos mais graves de DIP, a doença pode levar a complicações como infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica.

Exames para o diagnóstico da DIP

O diagnóstico da DIP geralmente envolve a abordagem dos sintomas, se estiverem presentes, e o exame clínico inicial, que inclui a observação do colo do útero com auxílio do espéculo, e a palpação para verificar a existência de dor pélvica.

Após a primeira consulta, a mulher normalmente recebe indicação para a realização de exames laboratoriais capazes de detectar a presença de bactérias e identificá-las adequadamente.

O processo diagnóstico pode ser complementado por ultrassonografia pélvica e ressonância magnética, que verificam se há inflamação nos órgãos pélvicos, além da formação de cicatrizes e aderências que possam ser inclusive permanentes após o tratamento.

DIP tem tratamento?

O tratamento da DIP normalmente é feito após a confirmação diagnóstica e envolve antibióticos específicos ou de largo espectro para eliminar a infecção. A medicação pode ser administrada por via oral e intramuscular, sendo prescrita geralmente em doses únicas ou em tratamentos continuados de 7 a 10 dias.

Nos casos mais graves, especialmente na presença de febre alta, a mulher pode precisar ser hospitalizada para a administração de antibióticos intravenosos e um acompanhamento mais intensivo.

É importante lembrar que a DIP sem tratamento oferece risco de sepse – infecção generalizada – que pode levar a óbito. Por isso, o tratamento da DIP deve ser feito o mais cedo possível, buscando evitar complicações e prevenir a disseminação da infecção para outras áreas do corpo.

A reprodução assistida como tratamento para infertilidade decorrente da DIP

Nem todas as mulheres com DIP desenvolvem quadros de infertilidade, mas a doença tem potencial de provocar danos à fertilidade de diversas formas.

Quando a infecção atinge as tubas uterinas, pode causar cicatrizes ou obstruções, impedindo que o óvulo se mova do ovário para o centro das tubas ou impedindo que o sêmen alcance o óvulo e realize a fecundação.

Além disso, a DIP pode alterar o ambiente tubário e uterino, provocando falhas na implantação embrionária e causando danos aos óvulos e aos espermatozoides, o que dificulta ainda mais as chances de que a gestação seja bem-sucedida.

A reprodução assistida pode ser indicada quando a infecção já foi tratada e as dificuldades reprodutivas permanecem. A FIV (fertilização in vitro) é a técnica mais utilizada nesses casos, por permitir a fecundação em laboratório, dispensando o papel das tubas nesse processo.

Leia mais sobre a FIV tocando neste link.

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