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Mioma intramural e infertilidade

Mioma intramural e infertilidade

O útero é um dos órgãos mais importantes para a fertilidade da mulher. É na parede uterina que o embrião realiza a nidação e é no interior da cavidade formada no centro do útero que toda a gestação acontece.

Assim como os pólipos endometriais e a adenomiose, o mioma uterino é uma doença estrogênio-dependente que pode oferecer complicações à mulher que deseja engravidar.

Nem sempre, no entanto, a infertilidade é uma consequência direta do mioma uterino, mas existem casos de mioma intramural – principalmente quando os nódulos crescem mais próximos ao endométrio ou se projetam em direção à cavidade pélvica – em que algumas as funções do útero podem ficar comprometidas.

Se você deseja saber mais sobre a relação entre os diversos tipos de mioma intramural e a possibilidade de infertilidade feminina, não perca a leitura do texto a seguir.

Aproveite!

O que são miomas uterinos?

Também chamados leiomiomas, os miomas uterinos são nódulos fibrosos, que se formam aderidos às diferentes camadas de tecido da parede uterina e crescem sob estímulo dos estrogênios do ciclo menstrual.

Os três tecidos que compõem a parede uterina são estruturados por células específicas para realizar as diversas funções desempenhadas pelo útero:

  1. Perimétrio: tecido seroso de revestimento do útero, em contato com o peritônio e que limita e protege o órgão em relação às demais estruturas da cavidade pélvica;
  2. Miométrio: camada intramural espessa, em contato com o perimétrio e o endométrio, formada de musculatura lisa e responsável pela elasticidade e contratilidade do útero;
  3. Endométrio: mucosa de revestimento da cavidade uterina, formada por tecido glandular e que responde à atividade dos estrogênios e da progesterona a cada ciclo menstrual, tornando-se receptivo a um possível embrião. O endométrio também mantém contato direto com a placenta durante toda a gestação.

A classificação dos miomas uterinos é feita dependendo da localização dos nódulos nessas camadas, em:

Conheça os diversos tipos de mioma intramural

Atualmente, existe uma forma de observar com mais precisão os tipos de mioma e classificá-los (classificação FIGO/ MUSA) segundo detalhes mais exatos de seu posicionamento:

  1. Lesão do tipo 0: mioma intracavitário, aderido somente ao endométrio e projetado por um pedúnculo estreito;
  2. Lesão do tipo 1: mioma submucoso, com menos de 50% de seu tamanho em posição intramural;
  3. Lesão do tipo 2: mioma submucoso, com mais de 50% de seu tamanho em posição intramural;
  4. Lesão do tipo 3: mioma submucoso sem contato com a camada intramural;
  5. Lesão do tipo 4: mioma intramural totalmente inserido no miométrio;
  6. Lesão do tipo 5: mioma subseroso, com pelo menos 50% de seu tamanho em posição intramural;
  7. Lesão do tipo 6: mioma subseroso, com menos de 50% de seu tamanho em posição intramural;
  8. Lesão do tipo 7: mioma subseroso pediculado, que se projeta em direção à cavidade pélvica;
  9. Lesão do tipo 8: classificação extra, para miomas parasitas e localizados em outras estruturas uterinas, como ligamentos.

As variações dos miomas submucoso e subseroso mostram que, na realidade, parte dos nódulos são miomas intramurais e parte se projetam em direção à mucosa (endométrio) e à serosa (perimétrio).

Quais sintomas a mulher com mioma intramural pode apresentar?

Se considerarmos somente o mioma intramural propriamente dito, os sintomas dolorosos normalmente são os mais marcantes – embora muitos casos possam ser assintomáticos. A intensidade dos sintomas do mioma intramural depende principalmente das dimensões que o nódulo atinge, sendo que miomas maiores provocam sintomas mais intensos.

No entanto, é comum a mulher com mioma intramural apresentar variações quanto ao posicionamento do nódulo no miométrio e quanto à quantidade de nódulos. Normalmente os quadros variam entre múltiplos nódulos pequenos e poucos nódulos que podem ficar maiores.

Mioma intramural pode provocar infertilidade?

As variações no quadro de sintomas podem ainda produzir sintomas semelhantes aos desenvolvidos por mulheres com os outros tipos de mioma, especialmente se o mioma intramural alcança a mucosa e a serosa. A possibilidade de infertilidade é um desses sintomas.

Mais comum no mioma submucoso, que prejudica diretamente a receptividade do endométrio para o embrião, a mulher com mioma intramural também pode encontrar dificuldades para engravidar e ter filhos, mas por outros motivos.

Como o miométrio é responsável pela elasticidade e contratilidade do útero, os nódulos fibrosos do mioma intramural podem prejudicar essas funções. Nessas situações, a mulher pode passar por aborto espontâneo, aborto de repetição.

Além disso, se o mioma intramural é grande, a gestação pode ser arriscada e o quadro pode aumentar as chances de parto prematuro e problemas no espaço para o desenvolvimento do bebê.

Diagnóstico e tratamento do mioma intramural

O mioma intramural que não produz sintomas intensos pode ser abordado por medicação hormonal, que estabiliza o ciclo menstrual e controla o crescimento dos nódulos.

Casos mais graves podem demandar a retirada cirúrgica do mioma intramural (miomectomia), realizada por histeroscopia cirúrgica ou por videolaparoscopia, dependendo dos detalhes de localização do mioma – mais próximo à mucosa, mais próximo à serosa etc.

Embora a miomectomia ofereça bons resultados na restauração das funções uterinas e da fertilidade, em algumas situações a mulher pode continuar encontrando dificuldade para engravidar.

A reprodução assistida, especialmente a FIV (fertilização in vitro) – indicada para infertilidade feminina por fator uterino, entre outras demandas reprodutivas – é uma possibilidade nesses casos.

Leia mais sobre mioma uterino tocando neste link.

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