Infertilidade masculina e dor: qual a relação?

Você já ouviu falar em infertilidade masculina? A infertilidade, de forma geral, é a dificuldade em se reproduzir. É diagnosticada quando o casal não consegue engravidar mesmo sem fazer uso de métodos contraceptivos, após 1 ano de tentativas. Nessa situação, o casal pode procurar auxílio para investigar as possíveis causas da infertilidade e saber quais são suas possibilidades de realizar o sonho de ter filhos.

A infertilidade não se restringe ao sexo feminino, como muitas pessoas ainda pensam. A infertilidade masculina é igualmente responsável pelos problemas reprodutivos do casal. Uma das manifestações clínicas que possui relação direta com várias condições, inclusive de infertilidade, é a dor.

Neste conteúdo, você irá descobrir como a infertilidade masculina e a dor estão associadas. Continue conosco!

Que tipos de dores podem ser sinal de infertilidade?

Precisamos considerar que a dor, de forma isolada, não pode confirmar nenhuma suspeita médica. Afinal de contas, ela pode estar associada a diversas condições. No entanto, algumas dores podem ser indicativo de um problema mais grave, nesse caso, de infertilidade masculina.

A seguir, elencamos algumas dores que possuem uma relação com quadros de infertilidade.

Porém, caso você apresente alguma das condições abaixo, não deixe de procurar um médico especializado no assunto para esclarecer qualquer dúvida e suspeitas, ok?

Dor nos testículos

A dor nos testículos é um sintoma que pode estar relacionado com a infertilidade masculina. Isso porque ela pode indicar alguma condição mais grave, como varicocele ou a infecção por alguma bactéria ou outro agente. A orquite, por exemplo, é a inflamação de um ou dos dois testículos e pode provocar dor.

Dessa forma, é importante procurar ajuda médica e tratar adequadamente para, então, reavaliar as chances de uma possível gravidez.

Dor durante as relações sexuais

A dispareunia (como é chamada a dor sentida durante uma relação sexual) muitas vezes não está relacionada a doenças subjacentes. O termo é mais aplicado em casos ginecológicos, mas também pode ser utilizada para descrever a dor do homem durante o ato sexual.

A dor durante a relação sexual pode estar relacionada com a infertilidade masculina, uma vez que algumas doenças, entre elas as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como clamídia e gonorreia, podem provocá-la, ao mesmo tempo que evoluem para outras condições, que tendem a também resultar no sintoma.

Dor ao ejacular

Sentir dor ao ejacular não é normal. A ejaculação dolorosa pode estar relacionada com a infertilidade, uma vez que afeta a região em que o espermatozoide é produzido: nos túbulos seminíferos dos testículos, como resultado de lesões ou da inflamação testicular, chamada orquite.

Além disso, pode ser sintoma de outras complicação, como a prostatite (inflamação da próstata), da uretra ou da vesícula seminal. Assim, é importante ficar atento!

O que fazer em caso de infertilidade?

Nos casos confirmados de infertilidade masculina, uma excelente alternativa, a qual, por sinal, está se tornando cada dia mais eficaz, são as técnicas de reprodução assistida.

Engana-se quem pensa que apenas as mulheres são beneficiadas pela reprodução assistida. Os homens possuem, à sua disposição, técnicas bastante avançadas para o tratamento da infertilidade masculina.

A inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV) são técnicas de reprodução assistida que podem ser usadas no tratamento dos quadros de infertilidade tanto femininos como masculinos.

A IA, entretanto, é indicada nos casos em que há fatores menos graves de infertilidade. Leves alterações na morfologia (forma) e motilidade (movimento) dos espermatozoides são um exemplo. Na IA, assim como na FIV, as amostras de sêmen coletadas são submetidas a técnicas de preparo seminal, que capacitam os espermatozoides e selecionam apenas os melhores.

Porém, na IA, após a seleção esses espermatozoides são inseridos em um cateter e depositados no útero da parceira, para que a fecundação aconteça naturalmente, nas tubas uterinas, por isso, quanto menores as alterações, maiores são as chances de sucesso.

A FIV, por outro lado, é a técnica de reprodução assistida que possui as maiores chances de sucesso nos casos de infertilidade masculina (e feminina). É a técnica mais avançada de reprodução assistida.

Na FIV, há a possibilidade de recuperar espermatozoides diretamente dos testículos ou dos epidídimos, ductos em que os espermatozoides são armazenados após serem produzidos, até se tornarem maduros e com maior motilidade.

Isso é possível porque mesmo uma quantidade muito pequena de espermatozoides pode ser suficiente para formar os embriões e conseguir a gravidez. Atualmente, a FIV é feita com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). É a técnica mais avançada. Os espermatozoides selecionados são injetados cada um dentro de cada óvulo disponível com o auxílio de um equipamento específico. São utilizados uma agulha muito fina e um microscópio para fazer o procedimento.

Os embriões são, então, cultivados por alguns dias e depois são transferidos ao útero da parceira.

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