Diversos estudos apontam o aumento das taxas de infertilidade feminina e masculina pelo mundo. Entre os principais motivos estão as mudanças que ocorreram na sociedade nas últimas décadas, como o aumento da poluição do ar, o contato com substâncias como o bisfenol A (muito comum nos plásticos) e o aumento da expectativa de vida.
Estamos vivendo mais e uma das consequências desse fenômeno é o aumento no número de mulheres que decidem postergar a gravidez. No entanto, a fertilidade feminina diminui a partir dos 35 anos e, a cada ano, engravidar se torna mais difícil.
Sabemos que não é possível evitar o avanço da idade. Porém, é possível controlar algumas causas da infertilidade e evitá-las com a mudança de alguns hábitos.
Continue a leitura e confira!
A infertilidade é um problema de saúde pública mundial. Ela deve ser investigada quando o casal não consegue engravidar após 12 meses de tentativas e sem o uso de métodos contraceptivos. Um dos fatores mais importantes para a fertilidade é a idade. Por isso, no caso de mulheres acima dos 35 anos, o sinal de alerta ocorre após 6 meses de tentativas sem sucesso.
A dificuldade em ter filhos atinge igualmente homens e mulheres. Nelas, a infertilidade está relacionada, principalmente, a fatores ovarianos e a doenças que atingem o sistema reprodutor feminino. Outro fator relacionado a infertilidade é o abortamento, principalmente, quando a mulher passa por mais de uma perda gestacional em sequência (termo chamado abortamento de repetição).
A infertilidade feminina é causada, em especial, por fatores ovarianos, tubários e uterinos. A seguir, conheça as principais doenças e condições que atingem a fertilidade das mulheres.
A liberação do óvulo durante o ciclo menstrual é essencial para a fecundação. As mulheres nascem com uma quantidade limitada de óvulos, que são liberados ao longo da sua vida reprodutiva. Por volta dos 40 ou 50 anos, esse estoque acaba e a mulher tem a sua última menstruação, chamada de menopausa.
Mulheres com insuficiência ovariana precoce (popularmente conhecido como menopausa precoce) passam por essa fase mais cedo, prejudicando a fertilidade. Outra condição que atinge os ovários é a síndrome dos ovários policísticos. Ela é um tipo de distúrbio endócrino que provoca a ausência da ovulação.
O óvulo é liberado pelo ovário e segue para as tubas uterinas com o objetivo de encontrar o espermatozoide. Dessa forma, obstruções e problemas no local prejudicam a fecundação.
A doença inflamatória pélvica (DIP), quando não tratada, pode causar infertilidade. Em geral, ela é uma consequência da falta de tratamento da gonorreia e da clamídia.
A presença de miomas e de pólipos — dependendo do seu tamanho e localização — podem impedir a implantação do embrião no útero. A endometriose também é uma das causas mais conhecidas de infertilidade feminina. Ela acontece quando o tecido endometrial cresce fora do útero causando uma inflamação no local e, consequentemente, a infertilidade.
Doenças genéticas, alterações uterinas congênitas e a idade são exemplos de fatores relacionados a infertilidade feminina que não podemos prevenir. No entanto, é possível mudar hábitos e tornar o seu estilo de vida mais saudável. Além de prejudicar a saúde, hábitos como alcoolismo, tabagismo e o uso de anabolizantes afetam a fertilidade da mulher.
A ingestão de bebidas alcoólicas não é recomendada para quem deseja engravidar, pois ela pode causar distúrbios hormonais e, consequentemente, a ovulação. Em alguns casos, a bebida e o cigarro estão relacionados.
Cerca de 9,3% da população brasileira possuem o hábito de fumar, segundo pesquisa do Vigetel em parceria com o Ministério da Saúde. O tabagismo afeta a qualidade dos óvulos e aumentam o risco de abortamento.
O desejo de ter um corpo mais definido e musculoso leva muitas mulheres a utilizarem anabolizantes. Eles são derivados sintéticos da testosterona e o seu uso indiscriminado provocam desequilíbrio hormonal, alterações no ciclo menstrual e até mesmo, amenorreia (ausência da menstruação).
As técnicas de reprodução assistida se expandiram muito nas últimas décadas, possibilitando que casais inférteis engravidassem e gerassem filhos biológicos.
Atualmente existem 3 técnicas: a inseminação artificial, a relação sexual programada e a fertilização in vitro (FIV). Esta última, além de ser a mais conhecida, também é a mais utilizada no Brasil por ser indicada para a maior parte das causas de infertilidade feminina e masculina.
Por meio da técnica ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), ela possibilita a implantação de um espermatozoide diretamente no óvulo. Com isso, a taxa de sucesso é mais alta, em comparação com os demais métodos.
As causas da infertilidade feminina e os fatores que se relacionam a ela ainda estão sendo estudados pelos especialistas. Alguns deles podem ser evitados com a mudança do nosso estilo de vida. O ideal é que hábitos como fumar, ingerir bebidas alcoólicas e usar anabolizantes sejam repensados em prol da fertilidade.
Além de conhecer as causas da infertilidade, é importante saber identificar os seus principais sintomas e como ela é diagnosticada. Para isso, leia o nosso artigo completo sobre a infertilidade feminina!
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