A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) bastante comum em mulheres e homens sexualmente ativos. É causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.
A infecção por clamídia impacta principalmente o sistema reprodutivo, dificultando a concepção ou o desenvolvimento da gravidez. No entanto, se não for adequadamente tratada, além de problemas de fertilidade, pode causar ainda outras complicações, inclusive a transmissão para o feto, podendo resultar em pneumonia e infecção ocular grave, por exemplo.
Embora a maioria das pessoas com clamídia não apresente sintomas, o que dificulta o diagnóstico, eles podem se manifestar de 5 a 10 dias após a infecção.
Este artigo explica a infecção por clamídia, destacando os sintomas que indicam a necessidade de procurar um especialista, causas e fatores de risco, diagnóstico e tratamento.
Ao mesmo tempo que na maioria dos casos a infecção por clamídia é assintomática, os sintomas muitas vezes se manifestam de forma leve e não duram muito tempo.
No entanto, geralmente são mais intensos em mulheres e incluem sangramento entre os períodos menstruais, dor abdominal, corrimento amarelado, dor durante as relações sexuais ou sangramento logo após. Micção urgente e frequente, febre baixa e inchaço na região da vagina também podem ocorrer.
Nos homens, são manifestações comuns o inchaço e a sensibilidade dos testículos, secreção peniana aquosa e leitosa, dor e sensação de queimação ao urinar, irritação no ânus e sangramento retal.
É importante procurar auxílio médico se houver a manifestação de qualquer um dos sintomas ou nos casos em que o parceiro foi contaminado. Embora a clamídia possa ser facilmente tratada, o diagnóstico precoce evita complicações mais sérias, que podem, inclusive, causar lesões permanentes.
Transmitida pelo sexo oral, vaginal e anal, a bactéria Chlamydia trachomatis rapidamente se espalha, por isso o risco é aumentado em pessoas com múltiplos parceiros sexuais, principalmente que praticam sexo desprotegido, independentemente da idade.
No entanto, a prevalência tem sido cada vez maior em pessoas sexualmente ativas abaixo dos 25 anos. A elevação dos índices tornou a infecção por clamídia um problema de saúde pública em diversos países, inclusive no Brasil.
Mães infectadas também podem transmitir a bactéria durante o parto para os fetos, causando condições como pneumonia ou infecções oculares no recém-nascido, que podem ser graves.
O tratamento inadequado de clamídia, assim como a demora para iniciá-lo, podem resultar em diferentes complicações que afetam o sistema reprodutor e, consequentemente, a fertilidade.
Nas mulheres, por exemplo, a doença inflamatória pélvica (DIP) é uma das principais consequências. Ela provoca a inflamação dos órgãos sexuais e a formação de aderências que podem obstruir as tubas uterinas, inibindo o processo de fecundação.
A inflamação do endométrio, condição chamada endometrite, também pode ser provocada pela infecção por clamídia. A tendência, da mesma forma, é o surgimento de cicatrizes. Nesse caso, elas aumentam a possibilidade de abortos de repetição, pois dificultam a implantação do embrião e o desenvolvimento normal da gestação.
Nos homens, a infecção por clamídia também causa inflamações, mais frequentes na uretra (uretrite), epidídimo (epididimite) e próstata (prostatite), envolvidos diretamente no processo de produção e transporte dos gametas masculinos. Ao mesmo tempo que inibem o transporte dos espermatozoides, também interferem na qualidade deles, dificultando, consequentemente, o processo de fecundação.
A clamídia aumenta ainda o risco de contrair outras ISTs, entre elas gonorreia e HIV.
Nas mulheres, a Chlamydia trachomatis geralmente é diagnosticada pelo exame Papanicolaou, a partir da análise de amostras epiteliais do colo do útero. Nos homens, por outro lado, são coletadas da uretra.
Da mesma forma que a triagem é indicada quando há a manifestação dos sintomas ou se o parceiro for infectado, também deve ser feita frequentemente nos casos em que há prática sexual ativa sem proteção.
O tratamento para clamídia é bastante simples e realizado com a administração de antibióticos, em ciclos longos ou curtos, de acordo com a gravidade de cada caso.
Quando iniciado precocemente, garante melhores resultados, uma vez que os antibióticos agem contendo a infecção, porém não atuam na recuperação de nenhum dano permanente provocado por ela.
Como a recorrência de infecção por clamídia é bastante comum, se os sintomas persistirem, o tratamento deve ser repetido. Para confirmar a cura, o rastreio deve ser novamente realizado cerca de três meses depois.
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