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Indução da ovulação: o que é?

Indução da ovulação: o que é?

A indução da ovulação é um processo único, embora seja também parte integrante da primeira etapa dos tratamentos para engravidar, comum a todas as técnicas de reprodução assistida: a estimulação ovariana.

É importante lembrar que a indução da ovulação só pode ser realizada no contexto da reprodução assistida, tanto nos tratamentos com técnicas de baixa complexidade, como a RSP (relação sexual programada) e a IA (inseminação artificial), como nos casos que recebem indicação para FIV (fertilização in vitro), de alta complexidade.

Fora dos tratamentos com reprodução assistida, a ovulação é um processo natural do ciclo menstrual – que ocorre após o recrutamento e crescimento dos folículos ovarianos, na fase folicular, e resulta não somente na liberação do óvulo pronto para fecundação, mas também na formação do corpo lúteo, que produz progesterona, durante a fase lútea do ciclo.

Os processos realizados para a estimulação ovariana e a indução da ovulação, na reprodução assistida, buscam mimetizar ao máximo essa dinâmica – como você vai entender melhor com a leitura do texto a seguir.

Aproveite!

O que é a indução da ovulação?

Como comentamos, a indução da ovulação é uma parte dos procedimentos realizados na etapa de estimulação ovariana, comum a todas as técnicas de reprodução assistida disponíveis atualmente.

Antes da indução da ovulação, no início do tratamento para engravidar, a mulher passa pela estimulação ovariana, em que recebe uma medicação hormonal diária, por via oral ou injetável, durante 12 a 15 dias, considerando o primeiro dia da menstruação como também o primeiro dia deste processo.

É comum que a medicação hormonal nesse momento utilize análogos do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) e as próprias gonadotrofinas, FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que atuam diretamente no recrutamento, crescimento e amadurecimento dos folículos para a ovulação, e também para a produção de estrogênios nesta etapa.

Toda a estimulação ovariana é monitorada por ultrassonografia pélvica transvaginal, que fornece informações mais precisas sobre a atividade folicular, indicando o momento mais adequado para a indução da ovulação.

Neste momento, a mulher recebe uma dose única de hCG (gonadotrofina coriônica humana), um hormônio que naturalmente só é produzido pelo embrião, com a nidação, mas nos tratamentos com reprodução assistida servem para induzir o rompimento do folículo dominante (ou dos folículos, no plural, em algumas situações específicas).

Além de promover a indução da ovulação, o hCG também auxilia na formação e atividade do corpo lúteo, que posteriormente mantém a produção de progesterona durante o primeiro trimestre da gravidez – de forma análoga ao LH na fase lútea do ciclo menstrual.

Entenda a indução da ovulação no contexto de cada técnica de reprodução assistida

O mecanismo que descrevemos para estimulação ovariana e indução da ovulação é executado na primeira fase de qualquer tratamento com reprodução assistida.

Contudo – como veremos a seguir –, as técnicas utilizam protocolos próprios para a medicação hormonal da estimulação ovariana, adaptando esta etapa aos contextos de cada tratamento – e, mais especificamente, às demandas pontuais dos procedimentos que sucedem a indução da ovulação, em cada técnica.

Relação sexual programada (RSP)

Considerada uma técnica de baixa complexidade, como a IA, na RSP a estimulação ovariana é feita com doses menores da medicação hormonal, especialmente porque espera-se que a fecundação aconteça naturalmente, nas tubas uterinas. 

Esse protocolo diminui as chances de a indução da ovulação envolver a liberação de mais de um óvulo, o que aumentaria as chances de gestação múltipla ou gemelar – mais arriscada para a mulher e para os bebês.

Na RSP, o monitoramento da estimulação ovariana permite estabelecer o período fértil com mais precisão e o casal é então aconselhado a manter relações sexuais nas aproximadamente 36h que sucedem a indução da ovulação.

Inseminação artificial (IA)

Os protocolos utilizados na estimulação ovariana e indução da ovulação na IA são semelhantes à RSP – ou seja, mais leves – justamente porque, como comentamos, espera-se que a fecundação aconteça nas tubas, mas, nesta técnica, após a inseminação de uma amostra de sêmen no útero.

Para isso, uma amostra de sêmen deve ser coletada antes da indução da ovulação – normalmente durante a estimulação ovariana – e submetida ao preparo seminal, que busca um subamostra com uma concentração maior de espermatozoides vivos e saudáveis. 

Isso significa que, na IA, após a indução da ovulação, a etapa seguinte deve ser realizada em cerca de 36h, com a inseminação da amostra de sêmen submetida ao preparo seminal diretamente no útero. Os espermatozoides devem nadar até as tubas para realizar a fecundação.

Fertilização in vitro (FIV)

Na FIV, a fecundação é reproduzida em laboratório, com óvulos coletados diretamente dos ovários e espermatozoides obtidos por masturbação ou recuperação espermática, para a formação dos embriões que serão observados durante o cultivo embrionário. 

Após o cultivo embrionário, os embriões são selecionados e transferidos para a cavidade uterina, onde espera-se que a nidação – e o início da gestação – aconteçam.

Diferente do que descrevemos para as técnicas de baixa complexidade, na FIV a estimulação ovariana utiliza protocolos mais robustos para as doses da medicação hormonal, principalmente nos processos que antecedem a indução da ovulação.

O objetivo desses protocolos é promover o amadurecimento de um número maior de óvulos, permitindo sua seleção antes da fecundação e melhorando as chances de sucesso dessa etapa.

Esses processos de seleção melhoram as taxas gerais de sucesso da FIV porque, no final dessa cadeia de processos, a técnica busca transferir para o útero os melhores embriões, entre aqueles obtidos no tratamento.

A coleta de folículos ovarianos é feita por aspiração folicular, um procedimento simples, realizado por via transvaginal, que coleta os próprios folículos ovarianos nas primeiras horas após a estimulação ovariana e a indução da ovulação.

Conheça ainda mais detalhes sobre a estimulação ovariana tocando neste link.

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