No passado, o diagnóstico de infertilidade era um peso na vida de casais que tinham o sonho de terem filhos. Hoje, a medicina reprodutiva evoluiu a passos largos, tornando as técnicas de reprodução assistida uma alternativa para os casos de dificuldade para engravidar.
Entre elas, temos a fertilização in vitro (FIV), que possui a maior taxa de sucesso e é a mais utilizada atualmente. A fecundação na FIV ocorre fora do corpo da mulher, ao contrário do processo da inseminação artificial e da relação sexual programada.
Criada em 1978, a técnica chegou ao Brasil na década de 1980. Por muitos anos, a fecundação no método clássico da FIV acontecia em uma placa de cultura com o encontro voluntário dos espermatozoides e dos óvulos, que eram coletados anteriormente.
Com o passar do tempo, a FIV evoluiu e passou a incorporar técnicas complementares ao seu processo a fim de aumentar as suas chances de sucesso. A ICSI, criada na década de 1990, é uma delas. Ela atua na fase de fecundação, sendo uma das etapas mais importantes da FIV. Por isso, neste artigo, vamos mostrar como ela é realizada.
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A injeção intracitoplasmática de espermatozoides, mais conhecida como ICSI, substituiu o método clássico da FIV. Ela é indicada para todos os casos de infertilidade, especialmente, os relacionados a fatores masculinos graves.
Com a utilização de tecnologias modernas, o principal diferencial da fecundação realizada na ICSI está na introdução dos espermatozoides diretamente no óvulo.
A ICSI é uma técnica de fecundação que faz parte da FIV. Após a coleta e da preparação dos gametas, os óvulos estão prontos para serem fecundados. Para o procedimento é utilizado um micromanipulador de gametas. Este aparelho possui alta precisão para inserir o espermatozoide diretamente dentro do óvulo.
A fertilização in vitro é dividida em 5 etapas. São elas: estimulação ovariana, aspiração folicular e coleta dos espermatozoides, fecundação, cultivo embrionário e transferência dos embriões. A seguir, conheça o passo a passo de cada etapa da FIV.
Durante o ciclo menstrual, a mulher libera um óvulo para a fecundação, que pode ou não, acontecer. Na FIV, é importante que a mulher desenvolva o maior número possível de óvulos para aumentar as chances de uma gravidez. Pois, alguns óvulos podem não ser viáveis para serem utilizados ao longo do processo.
A paciente recebe medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento dos folículos ovarianos, estruturas onde os óvulos estão localizados. O crescimento é acompanhado por ultrassonografias realizadas ao longo do tratamento. Quando eles atingem o tamanho ideal, os folículos são coletados por um processo chamado aspiração folicular.
A fecundação na FIV acontece fora do corpo da mulher, por isso, os óvulos e espermatozoides são coletados em um laboratório e preparados antes do procedimento. Assim, apenas os gametas de maior qualidade são utilizados, aumentando as chances de sucesso da FIV.
Os óvulos são retirados do interior dos folículos ovarianos, sendo aspirados com o auxílio de uma agulha e um ultrassom. O procedimento é realizado com anestesia local e, após algumas horas, a paciente pode voltar às suas atividades normais.
Os espermatozoides são coletados, geralmente, por masturbação. Nos casos em que a amostra seminal não contém espermatozoides — condição conhecida como azoospermia —, a coleta é realizada diretamente dos testículos ou dos epidídimos.
Na fecundação acontece o encontro dos gametas feminino e masculino. Na ICSI, como mostramos, os espermatozoides são inseridos diretamente nos óvulos. Após a fecundação, os embriões formados passam pela fase de cultivo embrionário antes de serem transferidos para o útero materno.
Durante esta fase, os embriões se desenvolvem em uma incubadora durante 2 a 6 dias. Ao longo desse período, a equipe médica acompanha o desenvolvimento dos embriões.
O PGT, caso seja necessário, é realizado nesta etapa. O teste genético pré-implantacional é utilizado em casos específicos, onde há o risco de transmissão de distúrbios genéticos e anormalidades cromossômicas.
O número de embriões que serão transferidos para o útero da paciente depende da idade da mulher, de acordo com a determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM). Sendo a transferência de até 2 óvulos para mulheres de até 35 anos, até 3 óvulos para mulheres entre 36 a 39 anos e até 4 óvulos para mulheres acima de 40 anos. Os óvulos viáveis e não utilizados durante o processo devem ser criopreservados para doação ou gestações futuras.
A taxa de sucesso da fertilização in vitro cresceu muito nos últimos anos, principalmente, por causas das suas técnicas complementares, como a ICSI. Por volta de 40% das tentativas são bem-sucedidas. No entanto, cada caso é único e alguns fatores podem influenciar nos resultados da FIV, como:
Atualmente a FIV é o tratamento de infertilidade mais utilizado no Brasil. Parte desse sucesso está relacionada à ICSI, técnica responsável pela introdução dos espermatozoides diretamente nos óvulos. Ela faz parte do processo da FIV, assim como a estimulação ovariana, coleta dos gametas, cultivo e transferência embrionária.
As técnicas complementares tornaram a FIV ainda mais bem-sucedida, tornando-a o método de reprodução assistida mais utilizado no mundo. Neste artigo mostramos como uma delas é realizada, para saber mais sobre a ICSI consulte a nossa página exclusiva sobre o assunto.
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