O sistema endócrino é responsável pela produção de hormônios essenciais para diversos aspectos relacionados ao corpo humano. A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, que secreta hormônios tireoidianos a fim de controlar a velocidade das funções químicas no corpo, representada pela taxa metabólica.
Denominados T3 e T4, estes hormônios estimulam a produção de proteínas pelos tecidos e aumentam a quantidade de oxigênio utilizado pelas células. Por isso, afetam diretamente algumas funções essenciais do organismo, como a frequência cardíaca, a queima de calorias, a manutenção da pele, o crescimento, a produção de calor, a digestão e a fertilidade.
Existem doenças e alterações que podem interferir na produção e ação hormonal no corpo, causando algumas complicações como a infertilidade masculina ou feminina. Os hormônios são partes fundamentais do processo de reprodução, que pode ser comprometido quando há um desequilíbrio hormonal.
A seguir, saiba mais sobre o hipotireoidismo, condição que diminui ou até cessa a produção dos hormônios tireoidianos, e entenda a sua relação com a infertilidade.
A tireoide é uma pequena glândula localizada no pescoço, pertencente ao sistema endócrino, que tem a função de produzir os hormônios T3 e T4 com função de regular o metabolismo, a forma como o corpo utiliza e armazena a energia.
Para produzir os hormônios tireoidianos, a tireoide utiliza o iodo, elemento encontrado na água e em alguns alimentos. O iodo, quando concentrado pela glândula, é transformado em hormônios.
O hipotálamo, que fica localizado no cérebro logo acima da hipófise, secreta o hormônio liberador da tireotrofina, fazendo com que a hipófise produza o hormônio estimulante da tireoide (TSH). A hipófise é a responsável por regular a liberação de TSH de acordo com os níveis de hormônio tireoidianos que circulam no sangue.
O hipertireoidismo representa a hiperatividade da glândula tireoide, provocando uma produção em excesso dos hormônios tireoidianos. Quando não tratada de maneira adequada, pode causar complicações à saúde. Normalmente é mais comum em mulheres com idade entre 20 e 40 anos, porém homens também podem enfrentar esse problema.
Já o hipotireoidismo é a condição em que a tireoide diminui ou interrompe a produção hormonal. É também conhecida como tireoide hipoativa e afeta mais comumente mulheres com mais de 40 anos de idade. É comum que filhos de mulheres com esse problema tenham tendência a também apresentá-lo.
Um motivo da dificuldade do diagnóstico do hipotireoidismo é a ausência de sintomas nos estágios iniciais. Assim, o indivíduo fica mais suscetível a complicações para a saúde, como a infertilidade.
Inicialmente é comum que a pessoa não apresente sintomas, pois eles surgem de forma lenta e tendem a aumentar de intensidade. Entre os principais, estão:
Pessoas com hipotireoidismo leve podem ser assintomáticas, ou, em alguns casos, os sinais podem ser confundidos com outras condições. Por isso é necessário investigar e realizar os exames necessários para confirmar a patologia.
Os hormônios tireoidianos atuam no crescimento, desenvolvimento e maturação dos folículos, que posteriormente liberam os óvulos, os gametas femininos. Com a baixa produção hormonal a ovulação fica comprometida, causando a infertilidade feminina.
O ciclo menstrual acontece em fases, sendo a lútea a última delas. Neste momento o endométrio é preparado para receber o embrião e aumenta a sua espessura. O hipotireoidismo pode causar um defeito nessa fase, o que pode acarretar em dificuldades na implantação embrionária e no desenvolvimento da gravidez.
Tanto o hipotireoidismo mais leve quanto o mais grave oferecem riscos de abortos espontâneos e de repetição. Os riscos de um parto prematuro ou de pré-eclâmpsia também são aumentados para quem tem essa condição.
Os homens com a patologia, por outro lado, podem sofrer com a infertilidade, uma vez que a baixa produção de hormônios tireoidianos altera os hormônios sexuais masculinos, como a testosterona e, consequentemente, a produção dos espermatozoides, os gametas masculinos.
Por meio de exames de sangue é possível avaliar os níveis do hormônio estimulador da tireoide (TSH), do T3 e T4. Pessoas com hipotireoidismo apresentam taxas de TSH elevadas e T4 baixas.
Além de diagnosticar a condição, o exame sanguíneo também é utilizado para controlar a doença e determinar a dosagem de medicamento a ser utilizado. É indicada uma medicação hormonal, que normalmente é utilizada para o resto da vida a fim de controlar os níveis hormonais.
É possível que a dosagem seja controlada e ajustada com o passar do tempo, principalmente durante a gravidez.
Pessoas com um ou mais sintomas devem procurar um médico para que ele avalie a situação e peça o exame de sangue, assim como aqueles que têm histórico de hipotireoidismo na família. Também é recomendado que mulheres no início da gravidez ou que pretendem engravidar, realizem essa investigação.
O hipotireoidismo pode interferir tanto na gravidez natural quando na tentativa por reprodução assistida. O problema hormonal pode prejudicar a implantação do embrião mesmo durante o tratamento para a infertilidade.
Por isso, nesses casos é indicada a fertilização in vitro (FIV), uma técnica de alta complexidade que utiliza métodos capazes de diminuir as chances de falhas de implantação.
Na FIV é possível fazer a estimulação dos ovários com o uso de hormônios sintéticos a fim de aumentar os óvulos disponíveis para a fecundação, e realizar a reposição hormonal para auxiliar na receptividade endometrial.
Assim, ao transferir os embriões, o endométrio vai estar mais preparado para que ocorra a implantação (fixação) embrionária.
Se você se interessou pelo assunto, leia mais sobre o hipotireoidismo em nosso site e conheça as principais causas dessa condição.
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