O aparelho reprodutivo feminino é essencial para a reprodução humana, sendo composto por vários órgãos, incluindo os ovários, as tubas uterinas e o útero, além de estruturas como o canal vaginal e a vulva.
Profundamente conectados aos processos que envolvem a fecundação, os ovários são responsáveis pelo armazenamento da reserva ovariana pela liberação dos óvulos, durante a ovulação, a cada ciclo menstrual.
O conhecimento sobre o aparelho reprodutivo feminino é essencial para a saúde e o bem-estar das mulheres, permitindo uma melhor compreensão do funcionamento do corpo e a prevenção de possíveis problemas de saúde.
Por isso, escrevemos este texto para que você possa conhecer melhor a função do ovário e sua importância para a fertilidade feminina.
Aproveite a leitura!
Os ovários da mulher têm origem embrionária a partir das cristas genitais, que durante a sexta semana de gestação se desenvolvem próximas ao que futuramente serão os rins.
No embrião feminino (XX), as cristas genitais se desenvolvem em um par de ductos paramesonéfricos, que se transformam nos ductos de Müller, essenciais para o desenvolvimento de uma série de estruturas reprodutivas, incluindo as tubas uterinas e o útero.
Ao mesmo tempo, as células germinativas primordiais se movem para as cristas genitais e se diferenciam em óvulos pequenos (ovócitos primários), que são então incorporados aos ovários em desenvolvimento.
Os ovários são as glândulas sexuais femininas e por isso têm um papel fundamental no ciclo menstrual, sendo responsáveis pela produção e liberação dos óvulos, mas também pela secreção dos hormônios sexuais femininos.
O ciclo menstrual começa com a menstruação, que é a descamação do endométrio, camada de revestimento da cavidade uterina, que ocorre quando não há fecundação.
A menstruação é seguida pela fase folicular, em que uma quantidade de folículos ovarianos se desenvolve sob ação das gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) e passa a produzir estrogênios, estimulando o crescimento do endométrio e preparando o corpo para uma possível gravidez.
No meio da fase folicular, um dos folículos em desenvolvimento é selecionado para continuar a maturação e se tornar o folículo dominante. À medida que o folículo dominante se desenvolve, a produção de estrogênio aumenta, assim como a concentração das gonadotrofinas. Quando esses hormônios atingem seu pico máximo de concentração, o folículo dominante se rompe e a ovulação acontece.
Após a ovulação, o óvulo é capturado pelas tubas uterinas e pode ser fertilizado por um espermatozoide, no centro dessas estruturas. O folículo rompido permanece no ovário e se transforma em um corpo lúteo, sob ação do LH. O corpo lúteo produz progesterona, hormônio responsável por manter o endométrio espesso, estável e preparado para uma possível gravidez.
Se o óvulo não for fertilizado, o corpo lúteo degrada e a produção de estrogênios e progesterona diminui, levando ao início da menstruação e ao reinício do ciclo menstrual. Se o óvulo for fertilizado, a produção de hormônios sexuais é mantida a partir da implantação no endométrio, dando continuidade à gestação.
Como comentamos, as células germinativas primordiais, precursoras dos óvulos, migram para as cristas genitais durante o desenvolvimento embrionário, se diferenciando nos ovócitos primários, que armazenados nos ovários, formam a reserva ovariana.
Esses eventos somente acontecem durante o período embrionário, o que significa que ao nascer, a mulher já tem sua reserva ovariana completa – ou seja, todas as células reprodutivas com as quais poderá contar para ter filhos até a menopausa.
A cada ciclo, uma quantidade de ovócitos primários é recrutada – principalmente pelo FSH – para continuar o desenvolvimento iniciado no período embrionário, formando ovócitos secundários. Apenas um desses ovócitos secundários continua o processo, tornando-se o folículo dominante que contém um óvulo maduro, pronto para ser liberado durante a ovulação. Os demais folículos recrutados degeneram e não podem mais ser utilizados nos ciclos seguintes
Como esse mecanismo se repete a cada ciclo, a reserva ovariana diminui naturalmente com o tempo, até a menopausa, período em que os ovários deixam de liberar óvulos e os níveis de hormônios sexuais femininos diminuem significativamente.
Alguns fatores, como a idade avançada, a exposição a substâncias tóxicas e algumas doenças, podem prejudicar a função do ovário por acelerar a perda da reserva ovariana, o que pode dificultar a concepção e a gestação.
Estas são algumas das principais causas de infertilidade feminina relacionadas a problemas na função do ovário:
Os tratamentos para infertilidade feminina relacionada a alterações na função do ovário podem variar dependendo da causa específica do problema.
Em casos de lesões ovarianas e endometriose, a cirurgia pode ser uma opção para remover os tecidos afetados e melhorar as chances de concepção. Os riscos da cirurgia, no entanto, são altos e por isso cada caso deve ser avaliado individualmente.
Para mulheres com SOP e obesidade, a perda de peso pode ajudar a regular os hormônios e promover a ovulação. Além disso, uma dieta saudável e equilibrada pode ajudar a melhorar a saúde reprodutiva geral.
A reprodução assistida também pode ser indicada para casos de infertilidade por fator ovariano.
Um dos tratamentos mais comuns é a RSP (relação sexual programada), que utiliza basicamente a estimulação ovariana e a indução da ovulação e é indicada para mulheres com oligovulação e anovulação.
Outra opção é a FIV (fertilização in vitro), tratamento de alta complexidade que envolve a fertilização dos óvulos fora do corpo da mulher e a posterior transferência dos embriões para o útero, indicado para praticamente todas as demandas reprodutivas, incluindo problemas na função do ovário.
Para mulheres com insuficiência ovariana prematura ou que têm problemas genéticos afetando a qualidade dos óvulos, a ovodoação pode ser uma alternativa importante.
Toque neste link e conheça melhor a FIV.
Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588