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FIV: transferência em D3 (clivagem) ou D5 (blastocisto)

FIV: transferência em D3 (clivagem) ou D5 (blastocisto)

O embrião se origina da fertilização de um óvulo por um espermatozoide e começa o seu desenvolvimento com a formação do zigoto. Passa por diversas divisões celulares chamadas de clivagem e se fixa no endométrio em um processo chamado de nidação. Outras estruturas são formadas, como a placenta e o cordão umbilical.

O processo de reprodução assistida passa pelas mesmas etapas de uma gestação natural e as divisões celulares e formações ocorrem da mesma maneira.

Na realização da FIV (fertilização in vitro), a fecundação acontece em laboratório e o embrião já formado é transferido para o útero materno. Isso pode acontecer em diferentes etapas de desenvolvimento, no 3º ou 5º dia de cultivo, e a decisão depende de alguns fatores.

Para saber mais sobre a transferência embrionária, as diferenças entre as etapas de desenvolvimento e outras informações importantes sobre o assunto, continue lendo este texto:

O que é a fertilização in vitro?

As técnicas de reprodução assistida têm por objetivo auxiliar casais que passam por problemas de fertilidade. A FIV é uma delas, sendo a mais complexa, mas também a que apresenta melhores resultados.

Na FIV, a fecundação acontece em laboratório, assim como o cultivo do embrião nos primeiros dias. Quando ele já está em desenvolvimento, é feita a transferência para o útero.

De forma resumida, a FIV passa por algumas etapas, que são:

O que é clivagem e blastocisto?

As primeiras divisões mitóticas do desenvolvimento embrionário recebem o nome de clivagem, e as primeiras células resultantes desta divisão são chamadas de blastômeros.

Quando o embrião atinge a quantidade de 16 células, ele passa a ser chamado de mórula. Isso ocorre três dias após a fecundação.

Os blastômeros, ao atingirem 32 células, começam a secretar fluidos para dentro do embrião e assim passam a ser chamados de blastocistos.

Após esta etapa, os blastocistos se fixam nas paredes do endométrio uterino, processo que recebe o nome de nidação.

Quando a nidação é bem sucedida, a gestação do embrião é iniciada. Já em casos de falhas dessa implantação, o blastocisto é eliminado durante a menstruação.

Como ocorre a transferência embrionária na FIV?

A quinta e última etapa da FIV é a transferência embrionária, sendo que ela pode ocorrer em duas fases do desenvolvimento: durante a clivagem (D3), que é entre o segundo e o terceiro dia ou na fase do blastocisto (D5) que é entre o quinto e sexto dia.

Atualmente, com a evolução dos meios de cultura em que os embriões são desenvolvidos, a escolha principal tem sido a transferência de blastocistos, quando as células já estão formadas e divididas por função.

A transferência em D3 era muito utilizada devido à falta de capacidade dos meios de cultura em sustentar o crescimento. Hoje em dia, boa parte dos embriões podem ser transferidos já no estágio de blastocisto.

Quando a quantidade de óvulos é menor ou quando a quantidade de embriões pode ser comprometida, opta-se pela transferência na D3.

Isso ocorre porque embriões com qualidade baixa não costumam sobreviver em laboratório mais do que três dias, fazendo com que o desenvolvimento no útero seja o ideal.

A transferência na D5 permite um acompanhamento mais detalhado do desenvolvimento embrionário e possibilita a realização do teste genético pré-implantacional (PGT), outra técnica complementar à FIV, que permite identificar distúrbios genéticos e cromossômicos.

Com o PGT é possível escolher embriões que sejam livres de doenças cromossômicas ou genéticas. Isso faz também com que diminuam os riscos de falhas na implantação e aumentem as chances de sucesso no procedimento.

Congelamento dos embriões

Com o avançar da tecnologia, uma técnica complementar ao procedimento de fertilização in vitro foi desenvolvida, o congelamento dos embriões.

O método de criopreservação é utilizado para preservar embriões excedentes e utilizá-los posteriormente, caso seja necessário.

Ao atingir a fase de blastocisto, os embriões que não foram transferidos para o útero são analisados pelo teste genético pré-implantacional e congelados. Posteriormente, eles podem ser transferidos no próximo ciclo do tratamento ou em uma nova gestação. Este é um procedimento obrigatório, de acordo com a regulamentação do CFM, e os embriões não podem ser descartados por no mínimo 3 anos.

Um dos parâmetros para o sucesso da implantação é a receptividade do endométrio, que tem a função de nutrir o embrião até a formação da placenta.

Com a transferência dos embriões congelados, há uma diminuição nos efeitos que afetam a receptividade endometrial e são causados por medicamentos hormonais utilizados na etapa de estimulação ovariana.

O congelamento dos embriões também permite a transferência de um único embrião. Isso diminui a incidência de gestação gemelar, que pode ser perigosa para a mãe e para o feto, trazendo algumas complicações como abortos espontâneos e baixo peso em recém-nascidos.

Essas são algumas das técnicas complementares que podem auxiliar no processo da FIV e diminuir as chances de falhas na busca pela gravidez.

A FIV é a técnica de maior complexidade e maior índice de sucesso, alcançando um número expressivo de gestações de forma assistida.

É indicado que o casal procure um médico para realizar os exames necessários, analisar a situação de forma individual e escolher a melhor opção de tratamento para infertilidade.

Você pode saber mais sobre a FIV (fertilização in vitro) e suas técnicas complementares no artigo em nosso site.

 

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