Um dos maiores diferenciais da fertilização in vitro (FIV) é a etapa de aspiração folicular. Ela retira os óvulos maduros para que a fecundação aconteça no laboratório. Durante o ciclo menstrual, o processo feito pelos ovários para liberar o óvulo é chamado de ovulação.
Com o estímulo do estrogênio, vários folículos ovarianos se desenvolvem. No entanto, apenas um amadurece, sendo liberado e encaminhado para as tubas uterinas.
Caso a fecundação aconteça, o embrião se implanta no endométrio e a gestação se inicia. Do contrário, a mulher menstrua e o ciclo recomeça. Porém, para alguns casais, é difícil engravidar naturalmente. Nos casos de infertilidade, as técnicas de reprodução assistida se tornaram uma solução cada vez mais procurada.
Entre elas, a mais utilizada por casais brasileiros é a FIV. Ela é realizada em 5 etapas: estimulação ovariana, aspiração folicular, fecundação, cultivo e transferência embrionária.
Neste artigo, o nosso foco será na segunda fase, a aspiração folicular. Vamos mostrar como ela é realizada e a sua importância para a FIV.
Mas antes, precisamos entender o que é a FIV e qual é o seu objetivo. Boa leitura!
Criada em 1978, a FIV é indicada para a maioria dos problemas de infertilidade relacionados a fatores femininos e masculinos. Ela possibilitou que a fecundação fosse realizada em um laboratório, se tornando a técnica mais indicada e com maiores chances de sucesso atualmente.
Assim como na inseminação artificial e na relação sexual programada, a primeira etapa da FIV é a estimulação ovariana e a indução da ovulação. Durante o processo, a paciente recebe uma medicação hormonal para estimular o crescimento dos folículos ovarianos. Periodicamente, o tamanho dos folículos é acompanhado por ultrassonografias. Quando eles atingem o tamanho ideal, a mulher recebe uma dose do hormônio hCG para induzir a ovulação.
Para aumentar as chances de sucesso da FIV é importante que sejam gerados o maior número possível de folículos ovarianos. Desse modo, mais óvulos serão coletados. A aspiração folicular é a segunda etapa do processo, sendo considerado um procedimento simples. O seu objetivo é coletar os folículos ovarianos da paciente para retirar os óvulos que estão dentro deles e utilizá-los na fecundação.
O procedimento é feito em um ambiente ambulatorial e a paciente deve ficar em jejum por 8 horas, no mínimo, devido à anestesia. Com o auxílio de um ultrassom transvaginal, o médico insere uma agulha de punção pela vagina da paciente até os ovários. O instrumento, de fina espessura, é utilizado para sugar os folículos ovarianos.
A agulha está conectada a uma bomba, responsável por aspirar os folículos individualmente. Todo o processo é feito com muita calma para não danificar os óvulos. A equipe médica avalia cada um deles para assegurar que apenas os maduros serão utilizados. O processo completo demora, em média, 20 minutos.
A recuperação também é rápida e a paciente fica em observação até o efeito da anestesia passar. Depois, pode retornar às suas atividades normais, de acordo com as orientações médicas.
Em paralelo com a aspiração folicular, o parceiro faz a coleta dos espermatozoides. Ela é realizada na clínica e a amostra é coletada por masturbação. No entanto, nos casos de infertilidade relacionada a ausência de espermatozoides no sêmen — condição chamada de azoospermia — eles podem ser retirados diretamente dos testículos ou dos epidídimos.
Após a coleta e a preparação dos gametas femininos e masculinos, chegou o momento da fecundação. A técnica utilizada é a injeção intracitoplasmática de espermatozoides, mais conhecida como ICSI. Ela possibilita que o espermatozoide seja inserido diretamente dentro do óvulo. Desse modo, a fecundação é possível mesmo que o parceiro tenha uma baixa quantidade de espermatozoides.
A partir desse momento, o embrião é formado e a fase do cultivo embrionário se inicia. Durante essa etapa, o embrião se desenvolve por 2 a 6 dias em uma incubadora. A equipe médica analisa os embriões e transfere para o útero da paciente apenas os mais viáveis e com maiores chances de sucesso, concluindo a transferência embrionária, última etapa da FIV.
Os embriões viáveis que não foram utilizados durante o processo da FIV devem ser congelados, segundo a regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM). Eles podem ser doados ou utilizados em uma gestação futura do casal.
A aspiração folicular é essencial para a realização da FIV, pois os óvulos precisam ser coletados para serem fecundados fora do corpo da mulher. Um dos maiores fatores de sucesso da técnica é a qualidade dos gametas utilizados, por isso, coletá-los da forma correta é muito importante. A etapa também é utilizada por mulheres que desejam congelar os seus óvulos, seja devido a uma preservação social ou oncológica da fertilidade.
A aspiração folicular é um procedimento minimamente invasivo, rápido e essencial para o sucesso da FIV. Ele é realizado após a estimulação ovariana, sendo responsável por coletar os óvulos que serão utilizados na fecundação, etapa seguinte da FIV.
A FIV é a técnica de reprodução assistida mais utilizada atualmente. Parte da sua alta taxa de sucesso está relacionada às suas técnicas complementares, como o congelamento de embriões e o Teste ERA. Para saber mais sobre elas, confira o nosso texto sobre a fertilização in vitro!
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