Durante a vida intrauterina da mulher, são produzidos todos os folículos primordiais que ela terá por toda a vida. Estima-se que ela nasce com cerca de 1 a 2 milhões de folículos, dando origem a chamada reserva ovariana. Esses são os precursores em potencial dos óvulos que algum dia poderão ser fecundados.
Deste momento em diante, são consumidos milhares de folículos por dia, sendo que, na chegada da puberdade, a mulher apresentará cerca de 300 a 500 mil. Portanto, o estoque da reserva ovariana da mulher começa a diminuir com o passar dos anos.
Um dos hormônios responsáveis pela regulagem do crescimento e desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva da mulher é o chamado hormônio antimülleriano. Sua presença no corpo feminino começa com o nascimento e cessa a partir do início da menopausa.
O hormônio antimülleriano é uma glicoproteína produzida pelas células da granulosa dos folículos. Além do papel importante na regulação, ele ajudará a inibir a quantidade de recrutamento folicular, limitando o efeito do hormônio folículo-estimulante (FSH) sobre os folículos.
Neste texto, são apresentadas as principais informações a respeito do exame de hormônio antimülleriano, sua metodologia e indicações, bem como a importância para a avaliação da fertilidade feminina. Acompanhe a seguir!
Esse exame é normalmente indicado para:
Sendo o hormônio antimülleriano produzido pelas células dos folículos, a sua dosagem é um dos métodos mais confiáveis para se obter um referencial da reserva ovariana da mulher.
O hormônio é dosado por meio de uma amostra sanguínea da paciente. Esse exame pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual sem que haja qualquer tipo de alteração em seu valor, inclusive se a paciente fizer uso de anticoncepcionais.
Os valores de referência adotados para se analisar a dosagem hormonal da reserva ovariana pelo exame do hormônio antimülleriano (AMH) são:
Quando o resultado do exame apresenta resposta muito alta (acima de 4,0 ng/ml), pode indicar que existem grandes chances de ocorrer gravidez. Entretanto, se o resultado for muito elevado, pode ser um indicativo de síndrome dos ovários policísticos (SOP), que diminui as chances de sucesso.
Valores baixos, entre 0,16 ng/ml e 1,0 ng/ml, indicam que há uma baixa disponibilidade de folículos nos ovários, o que também é um alerta para menores chances de sucesso na gravidez. Quando esses valores estão muito baixos (inferiores a 0,16 ng/ml), há indícios de já haver ocorrido a menopausa ou, então, de que ela está muito próxima de acontecer.
A dosagem do hormônio antimülleriano, apesar de não informar a qualidade dos óvulos, é importante para a avaliação da fertilidade feminina. A partir do seu valor, é possível estimar a quantidade da reserva folicular e orientar qual será a melhor conduta a ser seguida por cada paciente, aumentando, assim, as chances de sucesso na gravidez.
Além disso, o hormônio antimülleriano ajuda a avaliar a resposta do ovário aos diferentes tipos de tratamento dentro da reprodução assistida, como, por exemplo, a fertilização in vitro (FIV).
Sabe-se que a tendência é de que, com o passar do tempo, a quantidade de óvulos diminua exponencialmente e que ele envelhecem. Esse fator influencia diretamente na qualidade dos óvulos.
Entretanto, existem outros fatores que também podem interferir na qualidade e quantidade da reserva ovariana. Sendo assim, cada caso deve ser avaliado e acompanhado de acordo com suas especificações.
É importante salientar que esse não é o único exame que poderá determinar a fertilidade de um casal e que a dosagem do hormônio não necessariamente indica de maneira precisa uma previsão de menopausa para as pacientes, ou um declínio de sua fertilidade. Esses resultados podem variar de acordo com a metodologia adotada.
Na pesquisa de fertilidade são necessárias diversas ferramentas para avaliar e ajudar a paciente, sendo importante levar em consideração a análise do histórico médico e psicológico do casal, pesquisas laboratoriais, realização de exames de imagem e principalmente lembrar-se da individualidade de cada caso apresentado.
Para saber mais sobre a avaliação da reserva ovariana e as principais metodologias utilizadas, toque aqui.
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