Geralmente causada por bactérias, a epididimite é a inflamação do epidídimo e pode ser aguda ou crônica. A aguda ocorre subitamente e manifesta sintomas fáceis de perceber, que indicam a necessidade de procurar auxílio médico com urgência.
Quando é diagnosticada precocemente, a epididimite é facilmente tratada. No entanto, o diagnóstico tardio torna a infecção crônica, que se desenvolve lentamente, provocando riscos de diferentes complicações para a saúde masculina, inclusive infertilidade.
Entenda mais sobre a epididimite neste texto. Ele destaca os sintomas que alertam para a presença da infecção, as causas, métodos diagnósticos e tratamentos indicados.
Os primeiros sinais que indicam a possibilidade de epididimite aguda são vermelhidão e dor testicular. Eles podem se manifestar em um ou ambos os testículos e desaparecem rapidamente com o tratamento.
Sinalizada por uma dor incômoda que aumenta em intensidade com a progressão da infecção, a epididimite crônica, por outro lado, tende a ser geralmente recorrente. Ou seja, o tratamento alivia os sintomas, porém não cura a infecção.
Além desses sintomas, de acordo com a causa que provocou a infeção, outros também podem se manifestar. Veja abaixo os mais comuns:
A epididimite é mais comumente causada por infecções sexualmente transmissíveis (IST), principalmente clamídia e gonorreia. Por isso, é frequentemente registrada em homens sexualmente ativos, embora possa ocorrer em qualquer idade.
Outras infecções bacterianas também tendem a espalhar e causar epididimite. Elas podem iniciar na próstata (prostatite), na uretra (uretrite) ou na bexiga.
Se ocorrerem no trato urinário, provocam risco, inclusive, de epididimite em crianças. Embora sejam raros, podem resultar ainda de lesões na região.
Outras causas menos comuns de epididimite incluem caxumba, problemas congênitos nos rins e na bexiga e estruturais no trato urinário. Na epididimite crônica, também é constantemente observada a Mycobacterium tuberculosis. O patógeno é responsável pela maioria dos casos de tuberculose e normalmente provoca a formação de pequenos nódulos de caráter inflamatório.
A suspeita de epididimite pode ser confirmada ainda durante o exame físico, que possibilita a detecção de alterações como assimetria dos testículos e a presença de linfonodos na região da virilha. Secreções penianas também são bastante comuns quando a epididimite é causada por ISTs.
Posteriormente, para fechar o diagnóstico, são realizados exames laboratoriais e de imagem. Os laboratoriais incluem teste de urina, para analisar a presença de bactérias e identificar o tipo, e o rastreio de ISTs.
Já os exames de imagem são importantes para avaliar os testículos e determinar se a infeção provocou alterações ou mesmo descartar outras condições que podem causar a manifestação de sintomas semelhantes aos de epididimite. A ultrassonografia e a ressonância magnética (RM) são os mais comuns.
Ao mesmo tempo que pode provocar infertilidade, se não for tratada, a epididimite pode ainda causar outras complicações, entre elas a inflamação dos testículos, condição conhecida como epidídimo-orquite, e a formação de abscesso na região escrotal.
Facilmente tratada por antibióticos nos casos em que é diagnosticada precocemente, os sintomas manifestados pela epididimite apresentam melhora em cerca de 72 horas após o início da medicação.
Se a causa for uma IST, indica-se o tratamento do parceiro para evitar a reinfecção e a disseminação da bactéria.
No entanto, quando a progressão da doença provoca a formação de abscessos ou maiores danos ao epidídimo, a abordagem cirúrgica é necessária. Os abscessos são drenados, enquanto o epidídimo pode ser removido na totalidade ou em parte, de acordo com o dano provocado. Nesse caso, a remoção é feita por epididimectomia, procedimento também utilizado para remoção de cicatrizes que surgem como consequência da infecção.
A adoção de algumas medidas pode ajudar ainda a aliviar o desconforto, como a aplicação de compressas geladas no local ou a sustentação dos testículos por uma cinta.
Enquanto a infecção não está totalmente curada, é importante evitar relações sexuais, assim como levantar objetos mais pesados ou ações que possam causar impacto testicular. A erradicação da epididimite deverá ser confirmada após a finalização do tratamento.
O uso de preservativos em todas as relações sexuais é imprescindível para prevenir a ocorrência de epididimite.
Assim como ocorre em outras infecções, a epididimite também pode causar a infertilidade, mas nesse caso por afetar os epidídimos, dutos microscópios ligados aos testículos pelos quais os espermatozoides passam durante seu amadurecimento.
Os epidídimos fazem o transporte dos gametas para o duto deferente, que termina nas vesículas seminais, onde ocorre o processo de formação do líquido seminal, formado não só pelos gametas, mas também por outras substâncias que facilitam a fecundação.
Dependendo do caso de epididimite, o homem, para ter filhos, deve recorrer a técnicas de reprodução assistida, como a FIV (fertilização in vitro).
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