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Caxumba e infertilidade: qual a relação?

Caxumba e infertilidade: qual a relação?

A infertilidade masculina e feminina pode ser consequência de diversos fatores, mesmo que indiretamente associados aos aparelhos reprodutivos, que incluem anomalias genéticas, malformações anatômicas e doenças adquiridas – como a caxumba.

A possibilidade de desenvolver infertilidade em decorrência da caxumba existe principalmente para os homens. Embora a relação entre a doença e a condição reprodutiva seja conhecida popularmente, ainda existem muitas dúvidas sobre como esta inflamação afeta a capacidade reprodutiva.

Neste texto você vai encontrar informações detalhadas sobre a caxumba e como seus mecanismos patológicos afetam a saúde dos testículos, aumentando o risco de infertilidade.

O que é caxumba?

Caxumba é o nome popular da infecção viral que afeta principalmente as glândulas parótidas – duas glândulas salivares idênticas, próximas às extremidades da mandíbula e às orelhas – e por isso pode ser chamada também de parotidite infecciosa.

Embora as glândulas parótidas sejam as principais afetadas pela doença, outras estruturas também podem ser contaminadas e ter sua fisiologia e morfologia alteradas, como as demais glândulas salivares (sublinguais e submaxilares), pâncreas, meninges, ovários e testículos.

Conheça melhor as causas da caxumba

A caxumba é uma doença infecciosa viral, causada por Paramyxovirus, um vírus da família Paramyxoviridae, como o sarampo. A infecção normalmente começa nas glândulas parótidas, atingindo em seguida as glândulas sublinguais e submaxilares, então o pâncreas e finalmente as glândulas sexuais – ovários e testículos.

Como o Paramyxovirus afeta somente seres humanos, a transmissão da doença acontece de pessoa para pessoa, principalmente com a propagação de gotículas de saliva pela respiração, tosse e espirros, além do compartilhamento de objetos contaminados (como copos e talheres).

Considerada uma doença típica da infância, a caxumba atinge majoritariamente crianças e adolescentes de até aproximadamente 15 anos. A contaminação de adultos, no entanto, também é possível – e as consequências podem ser mais graves.

Estudos mostram que a caxumba ocorre em surtos e consideram que o inverno e a primavera são os períodos mais propícios para o surgimento da doença. Além da parotidite, a caxumba também pode provocar meningite, pancreatite e surdez.

Por sua alta incidência na infância e adolescência, a caxumba tende a se apresentar principalmente nos centros escolares e instituições onde há aglomeração de pessoas.

Como é feita a prevenção da caxumba?

A vacinação é a única forma de prevenir a infecção pelo Paramyxovirus e o desenvolvimento da caxumba. As principais vacinas para prevenção da caxumba são a tríplice viral SCR, que também atua na prevenção do sarampo e da rubéola, e a quadri viral SCR-V, que realiza a imunização dessas três doenças e da catapora.

No Brasil, a tríplice viral é parte do calendário de vacinação obrigatória das crianças e inclui duas doses, que devem ser administradas com um intervalo de no mínimo 4 semanas – sendo a primeira dose entre os 9 e os 15 meses de vida do bebê e a segunda dose entre os 15 meses e os 6 anos de idade.

É importante lembrar que a caxumba é uma doença que se apresenta em surtos e por isso a vacinação é a única forma de evitar não somente a contaminação do indivíduo vacinado, mas também de diminuir a taxa de transmissão da doença como um todo.

Como identificar a caxumba?

Sintomas da caxumba

O sintoma mais conhecido da caxumba é o aumento das glândulas salivares que provoca o inchaço do pescoço e da região próxima às orelhas, embora a doença também provoque outros sinais:

O período de incubação da caxumba, ou seja, o tempo entre o primeiro contato com o Paramyxovirus e o aparecimento dos primeiros sintomas, pode variar de 12 a 25 dias.

A caxumba pode ser transmitida de uma semana antes do aparecimento dos sintomas até 10 dias após esse momento.

Diagnóstico da caxumba

A confirmação diagnóstica da caxumba pode ser feita por exames laboratoriais, como o esfregaço de secreções salivares, em que é possível isolar e identificar o Paramyxovirus. A avaliação de anticorpos no sangue pode ser útil, mas pode resultar em diagnósticos errados, especialmente em pessoas imunizadas pela vacina.

Caxumba e infertilidade

É muito comum o receio de que a caxumba possa se espalhar para as glândulas sexuais e provocar infertilidade, principalmente nos meninos e homens. Isso acontece porque a orquite e a orquiepididimite são duas das consequências possíveis da caxumba – embora nem sempre a doença leve realmente a um quadro de infertilidade.

A inflamação dos testículos pode prejudicar os processos da espermatogênese, favorecendo o aparecimento de alterações espermáticas, como:

A inflamação dos testículos pode também ser seguida pela atrofia testicular – este sim um caso mais grave, associado à infertilidade permanente.

Nas mulheres, a caxumba também pode atingir os ovários, embora não seja considerada um fator de risco para infertilidade feminina.

Tratamentos e o papel da reprodução assistida

Não há tratamento para a erradicação da caxumba, apenas a recomendação de analgésicos e antitérmicos para a diminuição dos sintomas dolorosos, repouso, dieta mole e não ácida. A caxumba costuma durar pelo menos 5 dias, quando os sintomas podem começar a diminuir.

Contudo, é essencial monitorar o estado de saúde durante todo o período de infecção, já que a caxumba pode favorecer quadros mais graves, como a meningite e a pancreatite.

Nos casos em que a função reprodutiva é prejudicada pela caxumba, a reprodução assistida pode desempenhar um papel importante na reversão do quadro de infertilidade.

Nesse sentido, tanto a IA (inseminação artificial) como a FIV (fertilização in vitro) podem ser indicadas, já que as duas técnicas permitem a manipulação e seleção de espermatozoides por preparo seminal e recuperação espermática.

Quer entender melhor o que é e quais as consequências da orquite? Então toque neste link e saiba tudo sobre o assunto.

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