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Azoospermia

Azoospermia

Os problemas de fertilidade podem ser tanto masculinos e femininos. Embora a infertilidade masculina seja provocada por diversos fatores, uma das mais comuns é a azoospermia, condição em que os espermatozoides não estão presentes no sêmen ejaculado.

A ausência de espermatozoides resulta de diferentes causas. Por isso, a azoospermia é classificada em dois diferentes tipos: azoospermia obstrutiva, quando um bloqueio impede o transporte dos espermatozoides para o sêmen, e não obstrutiva, nos casos em que há a diminuição na produção de espermatozoides pelos testículos.

Para determinar o tipo de azoospermia, entretanto, o paciente é submetido a vários exames. Os resultados diagnósticos indicam a abordagem mais adequada para o tratamento. Realizado por FIV (fertilização in vitro) com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), prevê a recuperação dos gametas masculinos de locais como o epidídimo (PESA e MESA) ou testículos (TESA; TESE e Micro-TESE).

Este artigo aborda tudo sobre a azoospermia: tipos e causas que provocam cada um deles, sintomas, diagnóstico e como o tratamento é realizado.

Quais são as causas de azoospermia?

Quando a azoospermia é não obstrutiva, ou seja, se houver diminuição na produção dos espermatozoides, ela é ainda classificada em dois subtipos: pré-testicular e testicular.

Na azoospermia pré-testicular, a alteração na produção dos gametas masculinos é motivada por um desequilíbrio nos níveis dos hormônios sexuais masculinos, que pode ocorrer como resultado de distúrbios na hipófise, glândula responsável pela secreção dos hormônios sexuais, ou no hipotálamo, que controla as suas funções.

Doenças genéticas estão entre as causas. A síndrome de Kallman, por exemplo, uma anomalia no cromossomo X, provoca baixos níveis no hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), que estimula a secreção de hormônios pela hipófise.

Já na azoospermia testicular, a alteração na produção é provocada por defeitos na estrutura ou funcionamento dos testículos.

Eles podem ser causados por condições como a caxumba, principalmente quando ocorre no final da puberdade, doenças como diabetes, cirrose ou insuficiência renal, distúrbios genéticos, anormalidades cromossômicas ou congênitas, infecções nos testículos, cirurgia, neoplasias e seus tratamentos e varicocele, quando a dilatação das veias testiculares inibe a produção.

Na azoospermia obstrutiva, por outro lado, os bloqueios que dificultam o transporte dos espermatozoides para o sêmen normalmente são causados por obstruções em dutos importantes, como o epidídimo ou deferente, pelo crescimento de um cisto e infecções, inclusive as sexualmente transmissíveis (IST), que tendem a resultar em cicatrizes e bloquear o transporte.

A azoospermia obstrutiva também é chamada pós-testicular e é o tipo mais comum em homens com o problema.

Alguns fatores também representam risco para a ausência de espermatozoides, entre eles hábitos como tabagismo e alcoolismo, o uso de drogas, superexposição ao calor ou toxinas, estar acima do peso, além de transtornos emocionais, como depressão.

Quais são os sintomas provocados pela azoospermia?

Embora a azoospermia seja assintomática na maioria dos casos, descoberta apenas diante da tentativa malsucedida de engravidar a parceira, alguns sintomas típicos de infertilidade masculina sinalizam o problema. Os principais incluem:

Para confirmar a suspeita de azoospermia, no entanto, diferentes exames são realizados.

Como a azoospermia é diagnosticada?

Para confirmar a suspeita de azoospermia, o primeiro exame realizado é o espermograma, também chamado análise seminal. Além de ratificar a ausência de espermatozoides no fluído seminal, o exame possibilita a exclusão de outras causas que podem causar a infertilidade masculina, como alterações na morfologia (forma) e motilidade dos gametas masculinos.

Se a azoospermia for confirmada, são realizados, então, exames laboratoriais e de imagem para definir o tipo. Testes hormonais medem os níveis dos hormônios sexuais masculinos e exames como a ultrassonografia, ressonância magnética (RM) e de raio -X identificam bloqueios ou a presença de tumores.

Os resultados diagnósticos possibilitam a definição da abordagem mais adequada para o tratamento da azoospermia.

Como a azoospermia é tratada?

O tratamento padrão para infertilidade masculina é a FIV com ICSI, que utiliza diferentes métodos cirúrgicos para recuperação dos espermatozoides.

Quando a azoospermia é não obstrutiva, os espermatozoides são recuperados diretamente dos testículos. Os métodos utilizados são TESA, sigla em inglês para testicular sperm aspiration; TESE, sigla em inglês para testicular sperm extraction, e Micro-TESE ou microdissection testicular sperm extraction.

TESA é uma técnica realizada por punção percutânea, sem cortes, com agulha fina nos testículos, normalmente realizada sob sedação de ação rápida. O material obtido da punção é levado ao laboratório de embriologia para avaliar a presença de espermatozoide. A técnica pode ser repetida quando existe necessidade de um maior número de espermatozoides.

TESE é uma técnica realizada por biópsia aberta. Prevê uma incisão na bolsa testicular (escroto) para exposição dos testículos e extração dos túbulos seminíferos que podem conter espermatozoides. Após serem analisados em laboratório, o procedimento pode ser repetido até que a quantidade adequada para fertilização seja recuperada.

Apesar de ser semelhante à TESE na forma de realização, a micro-TESE se diferencia por ser realizada com o auxílio de um microscópio, que proporciona a identificação dos túbulos seminíferos com espermatozoides, evitando a repetição do procedimento e, consequentemente, a possibilidade de contaminação das amostras e danos de vascularização.

Além disso, é um procedimento considerado minimamente invasivo.

Se a azoospermia for obstrutiva, os espermatozoides podem ser recuperados do epidídimo, duto de coleta que nutre e armazena os gametas masculinos até que eles amadureçam e sejam ejaculados. Os métodos utilizados são PESA, percutaneous epididymal sperm aspiration, e MESA, microsurgical epididymal sperm aspiration.

Em ambas as técnicas os espermatozoides são aspirados com a utilização de uma agulha conectada a uma seringa. A MESA, entretanto, assim como a micro-TESE, conta com o auxílio de um microscópio. O procedimento também é mais complexo, pois prevê a exposição dos testículos e epidídimo para que os espermatozoides sejam coletados.

Porém, também possibilita a recuperação de uma quantidade maior de espermatozoides. É, inclusive, considerada a técnica padrão-ouro para a coleta de espermatozoides em homens com azoospermia obstrutiva, pelo alto rendimento de gametas de qualidade recuperados.

Os espermatozoides coletados são individualmente avaliados com o auxílio de um microscópio de alta potência. Acoplado a ele, um micromanipulador de gametas, aparelho de alta precisão, possibilita que cada um seja injetado no óvulo quando realizada a FIV.

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