Os espermatozoides são as células sexuais do homem, seus gametas. Cada um deles normalmente contém 23 cromossomos. Para a formação de uma nova vida, é preciso que um espermatozoide seja capaz de chegar ao óvulo, o gameta feminino, que fica armazenado nas tubas uterinas após a fecundação.
Na fertilização natural, isso acontece após o sêmen ser ejaculado na vagina da mulher. Milhões de espermatozoides são liberados na ejaculação normal. Contudo, algumas condições fazem com que o sêmen não contenha espermatozoides (azoospermia) ou apresente uma quantidade insuficiente dessas células (oligozoospermia).
Os espermatozoides são produzidos nos testículos do homem a partir de células primitivas, as espermatogônias. Elas sofrem algumas divisões até que cada uma delas produza 4 gametas masculinos com 23 cromossomos. No entanto, eles ainda estão imaturos e precisam ser capacitados, um processo que ocorre no epidídimo, — uma bolsa localizada na parte superior dos testículos
Após serem produzidos e armazenados na bolsa escrotal, os espermatozoides são liberados no sêmen quando há o estímulo à ejaculação. O epidídimo libera um líquido pouco volumoso, o qual contém milhões de espermatozoides em homens férteis.
Esse conteúdo passará por um longo trajeto nos canais do sistema reprodutor masculino, misturando-se com as substâncias nutritivas produzidas pelas glândulas seminais, pela próstata e pelas glândulas bulbouretrais.
Até 95% do volume do sêmen é composto por essas secreções. Apenas 5% dele é composto pelo conteúdo liberado pelos testículos e pelo epidídimo. Algumas condições médicas, contudo, fazem com que menos espermatozoides — ou nenhum — estejam presentes no sêmen.
Quer saber mais sobre a oligozoospermia e a azoospermia? Acompanhe nosso post!
Para entender as alterações seminais, é muito importante compreender quais são os fatores que determinam a qualidade do sêmen, que é formado por uma parte líquida e outra celular:
Alguns exemplos de alterações seminais, que são identificadas em um exame chamado de espermograma, são:
Em uma das etapas do espermograma, o sêmen será centrifugado para que as células presentes nele se concentrem no fundo. A azoospermia é a ausência de espermatozoides no sêmen centrifugado. Se uma amostra de um paciente for identificada com a azoospermia, é necessário realizar um novo teste para confirmar a condição.
Ela é, portanto, um diagnóstico laboratorial e nada diz a respeito sobre a causa da alteração. Então, após confirmada, a azoospermia demandará uma investigação adicional em busca de diagnosticar sua etiologia.
A azoospermia é considerada a alteração seminal mais grave, pois impede qualquer chance de a fertilização natural ser bem-sucedida.
A oligozoospermia é a baixa concentração e/ou o baixo número de espermatozoides no sêmen. De acordo com a organização mundial da saúde, ela é diagnosticada quando há menos de 15 milhões de espermatozoides em 1 ml de uma amostra de sêmen.
No entanto, é muito diferente um homem ter 2 milhões e ter 100 mil espermatozoides no sêmen. Certamente, o primeiro terá muito mais chances de ter sucesso na fertilização, apesar de ambos terem a oligozoospermia. Por isso, a condição deve ser classificada em níveis de gravidade:
As principais causas de alterações seminais podem ser agrupadas em:
Para descobrir a causa, será necessária a realização de novos exames, como:
O tratamento dependerá da causa da oligozoospermia e da azoospermia. Se ela for reversível, pode-se tentar inicialmente o controle ou a cura da condição de base seguida de novas tentativas de fertilização natural. Se for irreversível ou o tratamento anterior não tiver sido bem-sucedido, a reprodução assistida pode melhorar o prognóstico fértil.
Alterações mais leves podem ser tratadas com a relação sexual assistida e a inseminação artificial. As mais graves demandam a fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de espermatozoides. Essa técnica pode ainda ser complementada pelas técnicas de recuperação espermática diretamente nos testículos (TESE e Micro-TESE) ou nos epidídimos (PESA e MESA).
Quer saber mais sobre a azoospermia e as técnicas de reprodução assistida para tratá-la? Confira nosso artigo sobre o tema!
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