“Doutor, existe alguma relação entre alimentação e fertilidade?”. Essa é uma das perguntas mais frequentes das mulheres que apresentam queixas de dificuldade para engravidar.
Esse é um questionamento muito relevante, pois sabemos que há uma relação entre o que comemos e o estado da nossa saúde em geral. E quanto à saúde reprodutiva, o que se sabe?
Primeiramente, tenha em mente que o que é bom para o corpo, é bom também para a fertilidade. Várias doenças fora do sistema reprodutor feminino, como a Diabetes Mellitus e a desnutrição, têm um impacto negativo na fertilidade. Então, quando você as previne com bons hábitos de vida, o prognóstico do seu futuro fértil melhora.
Quer entender melhor? Acompanhe o nosso post!
Os estudos mostram que dietas ricas nos seguintes nutrientes estão associadas com uma melhora da fertilidade tanto do homem quanto da mulher:
Por sua vez, o excesso de açúcar e de gorduras saturadas (presentes nos alimentos com gordura animal) estão relacionados a piores resultados reprodutivos. Em relação aos derivados do leite, o álcool e a cafeína, os estudos até o momento não foram conclusivos.
Nesse sentido, alguns avaliaram a influência da dieta mediterrânea na fertilidade. Afinal, ela é rica nos alimentos com impacto positivo na fertilidade, enquanto apresenta menor proporção de ingredientes ruins.
Parece, sim, que ela pode melhorar o prognóstico fértil dos casais. Entretanto, é preciso ter cautela para interpretar os estudos que falamos acima, pois ainda são necessárias mais evidências científicas para chegar a uma conclusão.
A alimentação pode influenciar toda a saúde ginecológica e obstétrica da mulher, modificando sua fertilidade.
O ácido fólico é uma das principais preocupações dos obstetras e dos ginecologistas. Vários estudos mostraram que defeitos na formação do sistema nervoso do feto estão relacionados à carência desse nutriente.
Por sua vez, as anomalias congênitas são uma das mais frequentes causas de abortamento espontâneo. Então, uma alimentação pobre em ácidos fólicos pode resultar em abortos precoces que não foram identificados pela mulher.
Da mesma forma, o ferro é outro importante nutriente, pois é usado tanto pela mãe quanto pelo feto durante a gestação. Para levar oxigênio ao bebê, o número de glóbulos vermelhos da mãe aumenta. A hemoglobina que dá a cor avermelhada para eles é responsável por fazer as trocas de gases e contém ferro na sua estrutura.
Já as células do feto precisarão desse sal mineral para se desenvolver. Portanto, se houver baixos níveis de disponibilidade do nutriente, pode haver mais dificuldade para a evolução da gravidez.
Por esse motivo, as consultas pré-concepcionais com ginecologistas e obstetras são muito importantes. Eles vão fazer exames para avaliar os níveis de alguns nutrientes e passar suplementos alimentares de forma individualizada para as necessidades do seu corpo.
Além disso, algumas doenças ginecológicas que causam infertilidade, como a endometriose, parecem ter seu risco aumentado devido a alguns hábitos alimentares ruins. Afinal, o excesso persistente de gorduras saturadas e açúcar no sangue causa um estado inflamatório em todo o corpo.
Por outro lado, a ingestão de ômega-3, um tipo de gordura boa, se mostrou um fator de proteção contra a endometriose em alguns estudos.
Esses impactos também podem ser vistos em outras doenças ginecológicas, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP).
Apesar de termos falado bastante sobre alimentação até agora, ela deve estar integrada a outros bons hábitos de vida. Afinal, a saúde do corpo depende de outros fatores.
Há também outros hábitos de vida importantes:
Atividades físicas: elas são importantes para manter o peso sob controle e melhorar a saúde de todo o corpo. Além de fortalecer a nossa capacidade física, o exercício provoca a liberação de substâncias que atuam em diferentes processos corporais e reduzem o risco de várias doenças;
Lazer, sociabilidade e bem-estar psíquico: alguns estudos mostram que a ansiedade e a depressão podem resultar em maior risco de insucesso da reprodução assistida.
Outro hábito muito importante, mas menos relacionado à alimentação, é a proteção nas relações sexuais. Algumas infecções sexualmente transmissíveis podem causar inflamação nos órgãos sexuais e ter como consequência a infertilidade.
O índice de massa corporal (IMC) pode influenciar na fertilidade e é calculado da seguinte forma:
Acima de um IMC de 30, dizemos que a pessoa apresenta obesidade, que é considerada um fator de piora da fertilidade. Da mesma forma, um IMC baixo (menor do que 18,5) também apresentam risco aumentado de fertilidade. Isso mostra que é importante manter um peso equilibrado por meio de bons hábitos e alimentação rica.
Por tudo que falamos, não se esqueça do mantra: o que é bom para o corpo é bom para a fertilidade. Nossos órgãos não estão isolados uns dos outros, eles fazem parte de um sistema complexo com milhares de interações a cada segundo. Portanto, a saúde está integrada e passa por bons hábitos de vida. Agora ficou mais clara a relação entre alimentação e fertilidade?
Quer saber mais sobre a fertilidade feminina e outros fatores que podem influenciá-la? Então, não perca este post sobre o tema!
Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588