Alguns problemas ginecológicos são comuns nas mulheres e podem causar grandes problemas ao útero, podendo levar até a infertilidade.
É recomendado que mulheres consultem um ginecologista pelo menos uma vez por ano, para realizar exames de prevenção. Assim, é possível prevenir doenças e manter uma boa saúde, principalmente do sistema reprodutivo.
Algumas das doenças mais comuns e que podem afetar o útero são: a endometriose, miomas uterinos, HPV, adenomiose, entre outras.
Elas provocam alterações nos órgãos reprodutivos e acabam gerando problemas maiores para as pacientes.
A infertilidade é um fator que, na maioria das vezes, pode ser resolvido por meio da reprodução assistida, auxiliando essas pacientes a alcançar a gravidez mesmo após passar por algumas dessas doenças.
Conheça mais sobre a adenomiose, doença que causa inflamações no endométrio e que pode gerar alterações na vida fértil da mulher.
O útero é um órgão musculoso, oco, em formato de pera invertida e faz parte do sistema reprodutor feminino. É responsável pela menstruação, gravidez e pelo parto.
É nele que o embrião se instala, mais precisamente em suas paredes internas, em um tecido denominado endométrio, e se desenvolve até o nascimento do bebê.
Esse órgão fica localizado na cavidade pélvica, anterior à bexiga e ao reto. É ligado lateralmente às tubas uterinas e em sua parte inferior à vagina.
Seu formato varia conforme a idade da mulher, a quantidade de filhos, o sistema hormonal e as condições fisiológicas de cada uma.
Em relação aos tecidos, o útero é formado por três camadas, sendo elas:
A adenomiose é uma doença crônica bastante comum nas mulheres, principalmente nas que já tiveram filhos e possuem mais de 40 anos de idade. Também pode ser encontrada em mulheres mais jovens e que nunca engravidaram, sendo mais comum naquelas que passaram por cirurgias no útero.
É caracterizada pelo crescimento de tecido misturado à camada intermediária do útero, o miométrio.
Anteriormente, era conhecida como a “endometriose interna” por se assemelhar com a doença. Porém, trata-se de duas doenças distintas, uma vez que se diferenciam no local do crescimento dos tecidos. Na endometriose, o desenvolvimento ocorre fora da cavidade uterina.
Embora as causas da adenomiose sejam desconhecidas, existem algumas teorias capazes de explicar o aparecimento da doença.
A mais comum é a de que o tecido endometrial pode infiltrar a parede do útero e levar células capazes de formar um grupo de tecido endometrial e nódulos, que chamamos de adenomiomas.
É comum a coexistência da adenomiose com outras doenças dependentes do estrogênio, como a endometriose, hiperplasias endometriais, pólipos e miomas, já que ela também depende da presença deste hormônio feminino.
Geralmente é assintomática, porém, os sintomas mais comuns são o aumento do volume do útero, cólicas menstruais intensas e o aumento do fluxo menstrual, podendo apresentar coágulos.
Podem ocorrer ainda uma forte pressão abdominal, inchaço e dor durante as relações sexuais. Ainda que sejam raros os casos, algumas mulheres com adenomiose podem apresentar problemas de infertilidade.
O exame físico é o primeiro passo para identificar a adenomiose. Com ele é possível identificar alterações como o aumento do volume uterino e uma sensibilidade maior à palpação.
Exames de imagem podem ser feitos para complementar o diagnóstico, sendo os principais: a ultrassonografia de pelve e a ressonância magnética de pelve.
A adenomiose é uma doença crônica e não possui uma cura definitiva, mas seus sintomas podem ser amenizados. O médico avalia a intensidade dos sintomas e o quanto eles interferem na qualidade de vida da paciente para definir o melhor tratamento em cada caso.
Pacientes com sintomas mais leves podem ser tratadas com analgésicos para controlar a dor, além de anti-inflamatórios e medicamentos hormonais a fim de controlar o sangramento e as cólicas.
Para mulheres que já possuem filhos ou que não querem engravidar, uma opção indicada é a histerectomia, a retirada total do útero.
Casos em que o tecido endometrial ainda não penetrou profundamente o miométrio podem ser tratados com a técnica de ablação endometrial. É um método minimamente invasivo, realizado com o auxílio de uma vídeo-histeroscopia cirúrgica.
Para mulheres que passam pela adenomiose e apresentam problemas de infertilidade, a melhor opção é a reprodução assistida.
Existem técnicas que podem auxiliar mulheres que desejam engravidar e não conseguem por meios naturais.
São três principais métodos que apresentam ainda técnicas complementares para aumentar as chances de sucesso neste tratamento. São elas:
Cada caso é avaliado individualmente, realizando os exames necessários para identificar os problemas e escolher a melhor opção de tratamento por meio da reprodução assistida.
Saiba mais sobre a adenomiose, como ela ocorre e suas possibilidades de tratamento.
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