A DIP (doença inflamatória pélvica) é uma condição infecciosa que pode afetar o trato reprodutivo feminino, especialmente as tubas uterinas, o útero e os ovários, causada com frequência por bactérias transmitidas em relações sexuais desprotegidas.
Infelizmente, se não for tratada adequadamente, a DIP pode levar a complicações graves, como infertilidade feminina e dor crônica pélvica.
O tratamento da DIP geralmente envolve o uso de antibióticos para combater a infecção e anti-inflamatórios para os sintomas dolorosos, mas cada caso é específico e deve receber uma abordagem personalizada.
Neste texto, falaremos sobre as opções de tratamento disponíveis para a DIP e como elas podem ajudar a aliviar e prevenir possíveis complicações. Se você quer saber como evitar complicações graves, continue lendo!
O endométrio, que é a camada mais ativa do útero, é uma das estruturas que pode ser afetada pela DIP inicialmente, prejudicando a nidação e favorecendo aborto de repetição, já que este órgão abriga e nutre o embrião durante toda a gestação.
Como as tubas uterinas são responsáveis por receber os óvulos dos ovários, sediar a fecundação e conduzir o embrião até o útero, essas estruturas delicadas podem ser afetadas pela DIP em estágios mais avançados da infecção, resultando em obstruções e mesmo cicatrizes, com danos muitas vezes permanentes à fertilidade.
Em estágios mais graves da infecção, a DIP pode afetar os ovários – responsáveis por produzir e liberar óvulos para a fecundação e regular a dinâmica hormonal do ciclo menstrual –, prejudicando a ovulação e a reserva ovariana.
Além dessas estruturas, é importante lembrar que os intestinos e a bexiga também estão localizados na cavidade pélvica, onde a DIP pode se instalar, prejudicando também suas funções e causando dor.
A DIP geralmente é causada por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), especialmente a clamídia, que podem se espalhar pelos órgãos reprodutivos femininos. É importante ressaltar que, muitas vezes, as infecções iniciais são assintomáticas e podem evoluir para a DIP sem que a mulher perceba.
A DIP é geralmente causada por mais de um microrganismo ao mesmo tempo, sendo as bactérias os principais agentes infecciosos envolvidos. Alguns dos microrganismos que podem causar a DIP são:
Além das ISTs, a DIP também pode surgir após cirurgias ginecológicas, como a inserção de DIUs (dispositivos intrauterinos), abortamentos e curetagens, que fragilizam os tecidos manipulados e com isso facilitam a instalação de microrganismos no trato reprodutivo superior.
Geralmente, a dor associada à DIP é sentida na região inferior do abdômen e pode ser contínua ou intermitente. Em alguns casos, a dor pode se espalhar para outras áreas, como as costas ou as pernas.
Além da dor, outros sintomas comuns da DIP incluem febre, corrimento vaginal anormal, sangramento vaginal anormal e desconforto durante a relação sexual.
É importante ressaltar que, no entanto, nem todas as mulheres com DIP apresentam sintomas, já que a infecção pode ser assintomática ou apresentar sintomas leves, facilmente confundidos com outras condições.
Por isso, é fundamental realizar exames de rotina e consultar um médico regularmente para garantir que qualquer infecção seja diagnosticada e tratada precocemente.
O diagnóstico da DIP é realizado com base nos sintomas, exames físicos e exames laboratoriais. Na primeira consulta, realiza-se uma avaliação dos sintomas relatados e o exame pélvico, para verificar se há dor ou sensibilidade na região pélvica. O diagnóstico é confirmado posteriormente, com a solicitação de exames laboratoriais, que identificam possíveis infecções e inflamações.
Alguns dos exames mais realizados para diagnosticar a DIP incluem ultrassonografia pélvica, exames de sangue e cultura de secreções vaginais. É sempre importante ressaltar que o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e melhorar as chances de sucesso do tratamento.
O tratamento para DIP geralmente envolve o uso de medicamentos antibióticos e anti-inflamatórios, que combatem a infecção e aliviam os sintomas dolorosos – embora os casos mais graves possam exigir internação e tratamento cirúrgico.
O tratamento inicial para DIP e para as ISTs associadas a ela é realizado geralmente com antibióticos e anti-inflamatórios, que ajudam a eliminar as bactérias responsáveis pela infecção, além de reduzir a inflamação e aliviar a dor.
É importante seguir precisamente as instruções médicas quanto à dosagem e duração do tratamento para garantir que a infecção seja eliminada completamente, evitando o fortalecimento das bactérias – que pode ser uma consequência (grave) do tratamento inadequado.
Dependendo das especificidades de cada caso, pode ser necessário intervir cirurgicamente, especialmente quando a DIP se torna mais grave como consequência da ausência de tratamento.
Nesses casos, é comum a formação de abscessos (acúmulo de pus) na pelve e infecção generalizada (sepse). A cirurgia pode ser necessária também caso a infecção não responda ao tratamento inicial com antibióticos.
Durante a cirurgia, que pode ser realizada por videolaparoscopia, o tecido danificado pode ser removido.
A DIP pode levar a problemas de fertilidade em mulheres, especialmente quando a infecção não é tratada prontamente, provocando a formação de cicatrizes e sinequias no endométrio, nas tubas uterinas e nos ovários.
Nestes casos, o tratamento para a infertilidade pode incluir a realização de uma cirurgia para corrigir as anormalidades, o uso de medicamentos para induzir a ovulação e a FIV (fertilização in vitro).
Agora que você já sabe mais sobre os tratamentos para a DIP e suas consequências, é importante lembrar da importância da prevenção e diagnóstico precoce. Uma forma de detectar possíveis alterações na região pélvica é através da ultrassonografia pélvica, um exame não invasivo e indolor.
Toque neste link para saber mais sobre a ultrassonografia pélvica e seus benefícios.
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