A síndrome dos ovários policísticos, a SOP, é uma condição endocrinoginecológica que pode trazer um impacto significativo para a qualidade de vida das pacientes. Ela ocorre devido ao aumento da produção de hormônios masculinos no corpo da mulher.
O mais conhecido deles é a testosterona. Esse hormônio está presente em ambos os sexos normalmente, mas, quando seus níveis estão aumentados no sexo feminino, podem surgir sinais e sintomas, como a infertilidade e o hirsutismo.
Em muitos casos, a SOP é também acompanhada de alterações na morfologia do ovário. Nos exames de imagem, podemos visualizar múltiplos cistos em diferentes tamanhos. Eles começam a se acumular devido à anovulação crônica. Em outras palavras, os folículos ovarianos crescem, mas não se rompem para liberar o óvulo. Esse fenômeno também pode levar à dificuldade de a mulher engravidar
Além disso, os androgênios também causam alterações em outras regiões do corpo. A testosterona, por exemplo, atua nas células produtoras de pelos na pele. Com isso, eles se tornam mais grossos e escuros. Assim, a mulher nota uma maior densidade de pelos em regiões não pilificadas normalmente no sexo feminino, como a face e o pescoço.
Tudo isso pode causar problemas na autoestima da mulher. Vamos falar sobre isso neste post. Acompanhe!
A SOP é uma síndrome caracterizada pelo excesso de androgênios e pela anovulação crônica. Portanto, seus diagnósticos são feitos pela identificação dessas alterações, e não pela identificação de sua causa base. Afinal, apesar de sabermos que a condição está ligada ao hiperandrogenismo. Ainda há conclusões definitivas sobre a sua causa. Por isso, a investigação da SOP envolve também a exclusão de outras doenças que causam sintomas semelhantes, como o hiperandrogenismo secundário.
A síndrome dos ovários policísticos é uma condição clínica diagnosticada pela presença de duas das seguintes alterações:
Os sintomas mais frequentes da SOP são:
A cada ciclo menstrual, há o recrutamento de alguns folículos ovarianos. Normalmente, apenas um dos folículos recrutados completa a maturação. Quando isso acontece, ele se rompe e libera um óvulo nas tubas uterinas.
Devido ao excesso de androgênios nos ovários, nem sempre esse processo acontece. Consequentemente, há uma redução na frequência de liberação dos óvulos. Então, a mulher pode apresentar uma maior dificuldade para engravidar.
Como vimos, os folículos ovarianos também são responsáveis pela produção de hormônios. Devido à anovulação, os ciclos endometriais não se desenvolvem adequadamente, levando à oligomenorreia e à amenorreia.
Mesmo em ciclos normais, em que a paciente com SOP ovula, as alterações hormonais podem levar a um estímulo insuficiente do endométrio. Assim, ele não se espessa suficientemente para permitir uma gestação viável. Isso é mais um fator que contribui para a infertilidade. Como muitas mulheres desejam conceber um filho, isso pode comprometer significativamente sua autoestima.
O excesso de androgênios faz com que a pele da mulher adquira traços masculinos:
Diversos estudos sobre a SOP vêm mostrando o grande impacto que ela tem sobre a qualidade de vida das mulheres, especialmente devido aos problemas com a autoestima.
Por exemplo, esta pesquisa mostrou que as pacientes com SOP vivem mais sensações negativas, como:
Em geral, elas relatam que isso se deve a fatores como:
Portanto, o tratamento da SOP envolve um olhar especial para a autoestima. Por isso, é muito importante que o médico entenda quais são os aspectos da sua vida mais impactados pela doença. No caso das alterações masculinizantes, podemos utilizar medicamentos que reduzem os níveis dos androgênios.
Já a fertilidade pela SOP pode ser aumentada pelas técnicas de reprodução assistida, que envolvem a estimulação ovariana. Há três disponíveis atualmente: a relação sexual programada, a inseminação artificial e a fertilização in vitro.
Quer saber mais sobre a SOP e seu tratamento? Confira este artigo completo sobre o tema!
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