A receptividade endometrial é um dos fatores mais importantes para a fertilidade feminina, influenciando em diversas etapas do processo reprodutivo. Afinal, no endométrio, ocorrem diversos fenômenos-chave para que uma gestação viável se desenvolva.
Por esse motivo, muitas causas de infertilidade e de subfertilidade estão relacionadas à capacidade desse tecido de contribuir para as etapas da reprodução.
Nos estágios iniciais da reprodução natural, o espermatozoide passa pela cavidade uterina para chegar às tubas uterinas onde ocorre a fecundação. O endométrio será essencial para fornecer condições físicas e químicas para que esse trecho do caminho do gameta feminino seja bem-sucedido. Por sua vez, um endométrio alterado pode reduzir as chances de sucesso.
O endométrio é muito importante para outro evento crucial, a nidação. Depois da fertilização ter ocorrido, o embrião formado precisa ser transportado até a cavidade uterina, onde vai desenvolver após se implantar no endométrio. Então, se a receptividade estiver reduzida, as chances de evolução para uma gestação também serão.
Quer entender melhor o assunto? Acompanhe o nosso post!
O endométrio é um dos principais atores da gravidez, influenciado os processos reprodutivos desde as fases iniciais até as finais. Então, ele precisa estar o mais íntegro e saudável para que uma gestação se desenvolva.
Por isso, renova-se a cada ciclo fértil da mulher. Caso uma gestação não se desenvolva após a ovulação, a camada superficial é descamada e eliminada no que conhecemos como menstruação.
Se a fertilização ocorre, o embrião passa a liberar diversos hormônios capazes de manter o desenvolvimento do endométrio. Inclusive, alguns deles são medidos nos testes de gravidez. Há dois fatores endometriais importantíssimos para a evolução de uma gestação:
A infertilidade de um casal é definida como a incapacidade de engravidar após um ano de tentativas em que não houve uso de contraceptivos. No entanto, como a janela de tempo para intervenções de reprodução assistida se reduz bastante depois de a mulher completar 35 anos, um limite inferior de 6 meses pode ser utilizado nesses casos.
A infertilidade pode ter origem no homem, na mulher ou em ambos. Apesar de ser ligada à mulher socialmente, os estudos mostram que não é possível fazer essa associação. Outra situação comum é que ambos os parceiros sejam subférteis.
Em outras palavras, eles têm a capacidade de fertilidade reduzida, mas ela não é ausente. Então, eles já podem ter tido filhos anteriormente com outros parceiros. No entanto, quando há associação da subfertilidade de ambos, reduz significativamente o prognóstico da fertilidade natural.
Além disso, as mulheres que passam por abortamentos de repetição também podem ser consideradas inférteis, visto que não desenvolvem gravidez viável até o nascimento vivo e saudável de um bebê.
Quando, após uma avaliação extensa do casal, são identificados fatores que comprometem a fertilidade de uma mulher, dizemos que é um caso de infertilidade feminina. Em todas essas situações, as causas de má receptividade endometrial é uma das suspeitas ou dos diagnósticos mais frequentes.
Duas das mais frequentes causas de má receptividade endometrial são a endometriose e a endometrite. Uma parcela significativa das mulheres será diagnosticada com alguma dessas duas condições ao longo da vida.
A endometrite é a inflamação do endométrio, geralmente por um processo infeccioso. Seus sintomas são a febre, a dor e, menos frequentemente, a hemorragia. Ela pode ser classificada como aguda ou crônica, quando as alterações persistem, sendo uma causa direta de infertilidade muito comum. Antes de iniciar qualquer tratamento de reprodução assistida, a endometrite precisa ser tratada.
Essa doença é caracterizada pelo implante anormal de células endometriais fora da cavidade uterina. Com isso, pode ocorrer um processo inflamatório extenso na pelve e haver um comprometimento da receptividade do endométrio.
No entanto, mulheres com endometriose leve podem ser tratadas por técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade para aumentar as chances de gravidez. Em estágios mais graves a técnica mais adequada é fertilização in vitro (FIV), de maior complexidade.
As mulheres que desejam engravidar devem primeiramente se consultar com um especialista em reprodução humana. A partir da avaliação clínica, ele pode sugerir a hipótese de alguma doença que reduza a receptividade endometrial.
Além disso, se houver falhas frequentes mesmo com a fertilização in vitro, é possível fazer o teste ERA, uma das técnicas complementares ao tratamento por FIV, para a avaliação de alterações genéticas e genômicas relacionadas com a má receptividade endometrial.
Quer saber mais sobre a infertilidade feminina, suas causas e seu tratamento? Então, confira este texto institucional sobre o tema!
Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588