Bloqueios nas tubas uterinas ou anormalidades no útero estão entre as principais causas de infertilidade feminina. A histerossalpingografia ou HSG é um exame de raios-X por fluoroscopia – técnica que possibilita a visualização dos órgãos em movimento em vez de uma imagem estática –, especialmente indicado para mulheres com dificuldades para engravidar.
Ele fornece informações importantes sobre condições que podem provocar alterações nas tubas uterinas e no útero, dificultando a fecundação ou o desenvolvimento da gravidez.
Também chamada uterosalpingografia, é um procedimento minimamente invasivo, com raras complicações, assim como está entre os exames de raio-X considerados em uma faixa segura por exposição à radiação.
Este texto explica o funcionamento da histerossalpingografia, destacando os casos em que o exame é indicado e os possíveis riscos associados a ele.
A histerossalpingografia deve ser realizada uma semana após a menstruação, período que proporciona melhores resultados, mas antes da ovulação, garantindo, dessa forma, que não existem chances de gravidez.
Qualquer suspeita, nesse caso, deve ser informada ao médico. A realização de alguns exames durante o período gestacional pode expor o embrião ou feto aos possíveis efeitos da radiação.
Antes do exame, geralmente é recomendado o rastreio para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que podem levar ao desenvolvimento da doença inflamatória pélvica (DIP) ou de outras inflamações, que impedem a realização da histerossalpingografia.
É importante ainda informar ao médico sobre qualquer tipo de alergia, em especial a contrastes iodados e uso de medicamentos.
Em alguns casos, podem ser prescritos laxantes na noite anterior ao exame, para esvaziar o intestino e possibilitar melhor visualização, ou antibióticos antes e após o procedimento, para evitar infecção, além de medicamentos analgésicos para aliviar o desconforto.
A histerossalpingografia ocorre em ambiente laboratorial. Com a mulher em posição ginecológica, um espéculo é inserido para facilitar a visualização do colo uterino, que após ser limpo, é anestesiado. O contraste é então injetado.
Posteriormente a paciente é posicionada sob a máquina de raio-X. Para assegurar a avaliação por diferentes ângulos, as imagens são feitas em várias posições, enquanto a fluoroscopia, por um feixe de raio-X contínuo ou pulsado, cria uma sequência de imagens projetadas em uma tela e armazenadas ao final em diferentes mídias.
O procedimento pode ser repetido caso alguma anormalidade seja detectada.
Diferentes condições que causam dificuldades para engravidar ou abortos repetidos podem ser diagnosticadas pela histerossalpingografia, incluindo:
Da mesma forma que é minimamente invasiva e está entre os exames que são considerados em uma faixa segura por exposição à radiação, a histerossalpingografia raramente causa complicações. Por outro lado, nenhum efeito provocado pela radiação permanece no organismo após a realização de qualquer exame de raio-X.
Os principais riscos são a reação alérgica ao contraste, infecções pélvicas, ferimentos ou perfuração do útero (extremamente rara).
Cólicas semelhantes ao período menstrual, corrimento ou sangramento menstrual leve podem ocorrer após o procedimento, entretanto, nesse caso, são considerados normais.
É importante procurar auxílio médico apenas se esses sintomas forem mais intensos, como cólicas severas, sangramento abundante, corrimento também em grande quantidade e com odor forte, além da manifestação de vômito ou desmaio. Eles são indicativos de infecção e requerem tratamento imediato.
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